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Plano de saúde pesa mais no bolso do carioca e puxa inflação

Publicado em 11/01/2018 • Notícias • Português

Em um ano marcado por alta de preços mais moderada, o alívio no orçamento das famílias cariocas foi um pouco menor que no resto do país. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE, a Região Metropolitana fechou 2017 com inflação de 3,03%, menor que a taxa de 6,33% do ano passado, porém mais alta que o índice nacional, que ficou em 2,95%. Na região com a maior parcela de idosos do país, o plano de saúde foi o principal vilão.

As variações de preços dos produtos e serviços pesquisados pelo IBGE são calculadas de acordo com o peso de cada item no orçamento doméstico. Esse cálculo varia de acordo com a região. Essa é uma das chaves para entender o resultado da inflação carioca. No Rio, os planos de saúde respondem, em média, por 5,4% dos gastos das famílias, percentual bem maior que a média nacional, de 3,8%. O serviço subiu 13,6% na região, percentual parecido com o apurado em todo o país (13,53%), mas teve maior influência no cálculo carioca. No Brasil, a alta dos planos respondeu por 0,48 ponto percentual do resultado. No Rio, representou 0,67 ponto do indicador.

— O peso do plano de saúde no Rio é o maior do país. O segundo maior é São Paulo, com 5,13%. São fatores que influenciam, com certeza (a inflação acima da média) — afirma Fernando Gonçalves, gerente de índice de preços do IBGE.

O segundo maior impacto foi o da energia elétrica residencial. Nesse caso, o que influenciou foi uma alta maior que a média, de 12,04%, frente a 10,35% na média nacional. A alta da energia elétrica respondeu por 0,47 ponto percentual do resultado regional. Em terceiro lugar, vem a gasolina, que também subiu mais que no resto do país (11,98% contra 10,32%). Juntos, planos de saúde, energia e gasolina responderam por praticamente metade da inflação do Rio em 2017. Vale destacar que esses são itens monitorados, cujos preços não dependem da demanda.

O economista Luiz Roberto Cunha, professor da PUC-Rio, destaca ainda que a metodologia do índice do IBGE influenciou o resultado.

— O item gás encanado só é coletado no Rio e em São Paulo. O Rio teve alta de 15,35%, maior que em São Paulo. Além disso, a deflação de alimentação foi um pouco menor, o que ajuda a explicar esse 3,03% — destaca o especialista

Apesar de ter ficado acima da média, o Rio não registrou a maior inflação do país. A liderança do ranking ficou com o município de Goiânia, onde o IPCA chegou a 3,76%. O índice mais baixo no país foi calculado em Belém (1,14%

Fonte: O Globo / Site

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