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A desconstrução da saúde

Publicado em 17/08/2015 • Notícias • Português

A lógica dos sistemas de saúde no país não é fácil de entender. O sistema público padece com uma imagem (nem sempre real) de precariedade, filas intermináveis, pacientes em corredores de hospitais e morosidade no atendimento. No entanto, cerca de 54% de tudo o que é gasto no país com medicamentos, atendimentos,exames e procedimento,incluindo planos odontológicos,sai dos bolsos de empresas ou famílias.
O Brasil vem, repetidamente, dedicando mais atenção à gestão da doença do que empregando esforços na promoção da medicina preventiva.
Essa triste desconstrução do princípio básico do termo saúde só poderia gerar insatisfação: segundo pesquisa encomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em reportagem publicada em 19 de agosto de 2014 pelo Estadão Conteúdo, 93% da população brasileira considera péssima,ruim ou regular a qualidade dos serviços públicos e privado do País.
Exatamente por isso, o acesso aos planos de saúde, incluindo também os planos odontológicos, é uma das demandas mais proeminentes das classes emergentes, cuja renda cresceu muito. Nos últimos dez anos, o número de brasileiros com acesso a planos privados de saúde praticamente dobrou–são agora 71 milhões de pessoas – e 63% destes beneficiários ainda estão na região Sudeste.
Mesmo com acesso à rede privada, o nível de satisfação dos usuários está longe do ideal. Segundo Pesquisa do Conselho Federal de Medicina, de agosto de 2014, 92% dos brasileiros avaliaram os serviços públicos e privados de saúde no Brasil como péssimos, ruins ou regulares (notas de 0 a 7).
As articulações que já estão sendo feitas entre as esferas pública e privada, cada uma com suas particularidades, podem apontar algumas saídas para a questão.

Fonte: O Estado de S.Paulo

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