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A importância da tecnologia para o setor oncológico

Publicado em 18/09/2023 • Notícias • Português

Nos dias 29 e 30 de agosto, a ABIMED participou do Seminário de Integração dos Centros e Unidades Especializadas em Oncologia – Cacons e Unacons, realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). No primeiro dia, a entidade foi representada por seu presidente, Fernando Silveira Filho, no painel “Tecnologias em Saúde para a Oncologia”, que analisou os avanços no diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer, bem como as perspectivas futuras.

Participaram também como palestrantes o deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG), Luiz Sérgio Pereira Grillo Junior, diretor da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista (SOBRICE);  Sérgio Eduardo Alonso Araújo, do Hospital Israelita Albert Einstein; Maurício Azevedo, gerente de assuntos médicos da Johnson & Johnson; Manuel Coelho, líder para Inovações da Siemens Healthineers;  Suzane Holden, vice-presidente da Corporate Accounts, e  Chengetayi Pswarayi, da Market Access & Public Affairs. A moderação foi conduzida pelo Senador Hiran Gonçalves, presidente da Frente Parlamentar Mista da Medicina (FPMED).

O presidente da ABIMED destacou o apoio que a associação sempre empregou no combate ao câncer. Ele destacou a importância da devida alocação de recursos governamentais para estas iniciativas e a incorporação de tecnologia, principalmente de dispositivos médicos, eliminando barreiras para quem atua no segmento. “A tecnologia pode, de fato, trazer melhorias na gestão dos recursos destinados à saúde, além de proporcionar mais qualidade de vida e longevidade às pessoas”, disse.

A representante da Corporate Accounts, do Reino Unido, falou do êxito em realizar uma sequência genética com o diagnóstico em 24 horas. O gerente  da Johnson & Johnson chamou a atenção para os 700 mil novos casos de câncer a cada ano, no Brasil. “Pior do que não tratar é tratar inadequadamente.  Precisamos ter um olhar abrangente, ser um grande time e identificar onde está a centralidade no paciente oncológico”, disse.

Sergio Araújo, do Hospital Israelita Albert Einstein, apresentou informações sobre a cirurgia robótica e sua precisão nos casos de câncer de próstata, que acomete 72 mil homens a cada ano, levando a óbito 17 mil deles. Para o deputado Weliton Prado, o setor de oncologia apresenta um cenário promissor no País. “Acredito que possamos ter as primeiras máquinas de radioterapia por prótons em breve. A tecnologia está disponível e veio para ficar”.

Incorporação tecnológica em saúde – No segundo dia do Seminário, a ABIMED foi mediadora no painel “Incorporação Tecnológica em Saúde – Equipamentos e Dispositivos”, que reuniu representantes do setor na exposição de ideias para introdução das inovações em saúde de forma a alcançar o maior número possível de beneficiários. O painel contou com a presença do oncologista Alessandro Campolina; Luciene Bonan, diretora da DGITS-SECTICS; Murilo Contó, representante do Boston Scientific; Marcos Paulo Silva, superintendente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (ABRAMGE); Rodrigo Pinheiro, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica; Tania Yuba, representante da Jonhson & Jonhson Med Tech e Miyuki Goto, da Associação Médica Brasileira.

Os pilares para um processo de ATS sustentável foi o destaque na fala da representante da J&J. Já Murilo Contó discorreu sobre as diferenças de avaliação em tecnologia em saúde quando envolve medicamentos ou dispositivos médicos. Elogiou a iniciativa da ABIMED que está propondo um método diferente para análise de dispositivos e diretrizes. “Ou revisamos as diretrizes metodológicas do Ministério da Saúde (MS), que servem tanto para preparar documentação da saúde pública quanto para a saúde complementar, ou criamos uma nova diretriz focada em dispositivos médicos”, sugeriu. Para ele, tem-se perdido oportunidades significativas em favor dos pacientes e do sistema.

O presidente da ABIMED destacou que existe um gargalo de gestão, pois há uma grande quantidade de recursos, quando se analisa o percentual do PIB do Brasil aplicado em saúde, em comparação aos demais países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Temos grandes oportunidades de melhoria na questão da gestão”, analisou.

O vice-presidente da SBCO apresentou os desafios da assistência oncológica. “Quanto antes identificamos as janelas de oportunidade para o tratamento, diminuímos custos nos sistemas de saúde, aumentamos a oportunidade de êxito e salvamos vidas”.

Segundo Silveira Filho, foi muito importante o evento ter acontecido com a chancela da Câmara dos Deputados. “Colocar a discussão dentro do Congresso faz com que haja uma possibilidade maior de aprovação e êxito na geração de recursos para o combate ao câncer cada vez maior”, afirmou.

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