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Baixa produtividade reduz lucro das fabricantes de remédios

Publicado em 23/08/2015 • Notícias • Português

A indústria farmacêutica é um dos setores que mais investem em inovação de produtos no País, mas tem perdido lucro com a baixa produtividade, de acordo com o estudo Benchmarking Competitividade Operacional (BCO Farma).

O levantamento, produzido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGO), mostra que as farmacêuticas instaladas no mercado brasileiro foram beneficiadas por fatores que estimularam a demanda de remédios nos últimos anos.

“”O aumento da população e a mobilidade socioeconômica, com o aumento das classes B e C, foram dois fatores que ajudam a explicar o crescimento do setor no período””, comenta o presidente do IBGO, Fabio Bussinger.

Um dos principais problemas do setor, conforme ele, é ter concentrado investimentos e políticas de gestão no ganho de market share nos últimos anos. “”Os executivos dessa geração olham muito para o ganho de participação em um segmento que tem concorrência grande, mas não consideram a produtividade como um fator importante””, ressalta ele.

O reflexo dessa disparidade na estratégia das indústrias do setor aparece no desempenho financeiro. Segundo Bussinger, ao observar rankings de maiores farmacêuticas com operação no País, entre 2014 e 2015 a margem de lucro vem caindo. “”Essa redução é resultado da queda do preço médio dos medicamentos, mesmo com a alta no volume de vendas””, explica.

Para manter o crescimento do setor, o consultor afirma que as fabricantes precisam adotar metas agressivas de produtividade, incluindo a redução de custos. “”Não teremos mais a junção dos dois fatores [aumento da população e mobilidade socioeconômica], que até então ajudaram o setor.””

Bussinger citou, durante a apresentação do estudo na última semana, que as empresas podem ampliar de 12% a 15% da capacidade produtiva ao adotar processos para medir e acompanhar produtividade.

Nos próximos anos, entretanto, as pesquisas usadas pelo BCO Farma como referência indicam que os executivos continuam focados no lançamento de produtos e melhora de portfólio, sem temas como produtividade e gestão aparecendo em destaque.

Fonte: DCI

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