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Com venda para Coty, Hypermarcas tem alta de 21%

Publicado em 04/11/2015 • Notícias • Português

Com o anúncio da venda da divisão de cosméticos para a Coty,a Hypermarcas viu suas ações se valorizarem 21,14% no pregão de ontem, cotadas a R$ 21,20.
Segundo o presidente da empresa, Claudio Bergamo, com a transação, a dívida líquida de R$3,3 bilhões será zerada e haverá uma reserva de caixa da ordem de R$ 500 milhões.
O executivo disse ainda que não tem definições sobre o destino dessa reserva de caixa. Ele reforçou que a prioridade no uso dos R$ 3,8 bilhões obtidos com a venda será a redução do endividamento, porém ainda deverá haver uma sobra de caixa cujo destino pode ser programas de recompra ou distribuição de dividendos, afirmou. Essa declaração foi considerada positiva por operadores.
O mercado gostou do anúncio.
Tanto que os bancos BTG Pactual,Credit Suisse e Itaú melhoraram a recomendação para a ação da Hypermarcas. Para a equipe de análise do Itaú BBA, a transação“combina um acréscimo de valor com a solução de problemas importantes”,como a alta alavancagem, o fraco fluxo de caixa e a excessiva exposição à divisão de consumo.
Analistas do Deutsche Bank escreveram em relatório que a operação foi bem-vinda, uma vez que o valor do negócio deve levar a uma melhora dos ganhos da empresa, fortalecer o balanço e permitir que a gerência dê foco à divisão farmacêutica, que tem forte crescimento.
A equipe de análise acredita que a empresa vai continuar tentando vender o negócio de fraldas.
Para o analista da Lerosa Investimentos,Vitor Suzaki,a Hypermarcas conseguiu um múltiplo alto pela venda. Além disso, o ativo vendido representava somente 20%da receita da empresa e demandava muito investimento,em propaganda e em capital de giro. “Uma antiga demanda do mercado era a concentração no segmento somente de medicamentos, por ser mais resiliente e necessitar de menos capital intensivo.O foco também é importante porque, por meio da venda de ativos, a empresa obtém caixa líquido, que pode ser direcionado a investimentos maiores em medicamentos ou mesmo à distribuição maior de dividendos aos acionistas”, acrescenta Suzaki.
O preço fechado no negócio foi considerado tão positivo que impulsionou as ações de sua concorrente,a Natura.O papel avançou ontem 10,13%.

Fonte: O Estado de S.Paulo

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