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Dilma reforça agenda positiva com Mais Médicos

Publicado em 04/08/2015 • Notícias • Português

Empenhada em estabelecer uma agenda positiva como reação à baixa popularidade, a presidente Dilma Rousseff aproveitou ontem a cerimônia de comemoração dos dois anos do programa Mais Médicos para reafirmar que cumprirá a promessa de campanha de criar o Mais Especialidades e anunciar novas ações na área. O governo ofertará 3 mil novas bolsas de residência médica pagas pelos ministérios da Saúde e Educação, contratará 880 professores para cursos de medicina e instituirá o Cadastro Nacional de Especialistas.

A cerimônia organizada no Palácio do Planalto contou com uma audiência de simpatizantes, que interrompia o discurso da presidente com aplausos e gritos, principalmente quando foram citados os médicos cubanos que integram o programa. “”Eles deram demonstrações de solidariedade, profissionalismo e atendimento humanizado””, disse a presidente sobre os cubanos, ao que foi respondida com gritos de “”viva Cuba””. Dilma observou que a língua espanhola não foi um entrave na comunicação com os pacientes. “”Eles introduziram um novo tradutor que era o coração””, definiu.

Em resposta às críticas de que o programa favorecia profissionais estrangeiros, principalmente os cubanos – que vieram por meio de um convênio internacional com o braço das Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS) – Dilma elogiou o “”engajamento dos médicos brasileiros””. Segundo ela, essa participação é crescente, porque na seleção deste ano, todas as 4.139 vagas foram preenchidas por brasileiros.

Segundo a presidente, atualmente todos os 5.570 municípios brasileiros possuem médicos. Ela ressaltou que o programa viabilizou o atendimento de 63 milhões de pessoas, que hoje “”têm saúde perto de sua casa. Dilma salientou que não faltava médicos apenas nos rincões distantes, mas também nas principais capitais brasileiras.

“”Onde faltava médicos? Em São Paulo, Belo Horizonte, no Rio de Janeiro, e posso citar todas as capitais e dizer, faltava médicos a alguns quilômetros do centro das capitais””, frisou a presidente, lembrando que agora há profissionais também em aldeias indígenas e comunidades quilombolas.

Ela observou que em 2013 o levantamento que subsidiou o desenvolvimento do programa apontou que havia apenas 1,8 mil médicos por habitante e 700 municípios sem um único profissional. “”Estávamos diante de um desafio de um país que tem proporção continental e complexidade elevada. Tínhamos desde problemas de logística, problemas de garantia e manutenção desses médicos nos municípios e problemas de quantidade de médicos brasileiros disponíveis””, relembrou.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, esclareceu que o Cadastro Nacional de Especialistas é um passo necessário para a estruturação do programa Mais Especialidades. “”Oftalmologia e ortopedia são fortes candidatos a estrearem o programa e se não tivermos dimensão correta do número de especialistas nessas duas áreas, não conseguiremos saber capacidade de oferta de serviços especializados com integralidade que queremos””, justificou. Agora, segundo ele, o Conselho Nacional de Educação terá 90 dias para regulamentar todos os processos necessários para a criação do cadastro.

Fonte: Valor Econômico

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