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Exemplos de como a análise preditiva revolucionará o sistema de saúde

Publicado em 13/08/2015 • Notícias • Português

O Dartmouth-Hitchcok Health System (organização sem fins lucrativos que atende 1,2 milhão de pessoas em New England/EUA) está usando a Cortana Analytics Suite e o Microsoft Dynamics para criar um novo modelo de atendimento médico baseado em análise para prevenção, atendimento otimizado e redução de custos.

O centro médico trabalha para inovar a partir de recursos de inteligência analítica, tecnologias vestíveis e processamento em nuvem. “É importante pensar que o setor de saúde está à beira de uma revolução industrial”, afirmou o Jim Weinstein, médico, presidente e CEO da instituição. “O modelo atual não é sustentável: custa muito caro, é demasiado difuso e pouco eficiente”, adiciona.

Segundo o executivo, a meta é melhorar os resultados de tratamento dos pacientes, reduzir custos e promover um atendimento mais personalizado. Para tanto, os provedores de tecnologia em saúde precisarão implementar recursos que garantam níveis mais elevados de automatização e abordagem sistemática.

Para atingir seus objetivos, o instituto reuniu uma equipe de especialistas dos setores médico, varejista, entretenimento, editorial e hoteleiro a fim de projetar uma nova solução: a ImagineCare. Rodando na nova Cortana Analytics Suite e pelo Microsoft Dynamics, a ferramenta é coordenada e personalizada para atender a saúde física, mental e emocional.

A solução se alimenta com dados coletados de wearables e sensores domésticos, avaliações de saúde e de riscos. Os dispositivos conectados incluem medidores de pressão sanguínea, oxímetros de pulso e rastreadores de atividade como o Microsoft Band. As informações são enviadas à nuvem Azure, onde são inseridas no painel da Cortana Analytics Suite.

O tratamento clínico é acompanhado de mecanismos avançados de análise e aprendizado de máquina para criar protocolos adaptáveis que levam em consideração históricos e prontuários médicos eletrônicos, o ambiente, dados socioeconômicos, entre outros.

No data center, enfermeiras registradas com acesso ao plano personalizado de tratamento de cada paciente monitoram continuamente seus estados de saúde e potenciais ameaças. Em caso de problema, elas recebem um alerta e imediatamente contatam o paciente ou sua família por telefonema, chamada de vídeo ou mensagem de texto – até mesmo quando o paciente desconhece a existência de um problema.

Os pacientes podem obter lembretes para tomarem remédios, realizarem medições ou exercícios. Familiares autorizados também recebem alertas em tempo real a respeito de mudanças importantes. Para o Weinstein, o ImagineCare melhorará os resultados dos pacientes, reduzindo custos e fornecendo um nível inédito de cuidado personalizado.

“Imagine que um teste acusou pressão alta. A enfermeira aparece em segundos, cumprimenta o paciente pelo nome e o ajuda a compreender o que isso significa e o que fazer em seguida. Esse nível de cuidado proativo e personalizado impressiona o mundo clínico”, declarou Nathan Larson, diretor de Sensoriamento Remoto do Dartmouth-Hitchcock.

A ImagineCare não se limita à saúde física. A percepção e inteligência da Cortana Analytics Suite permite que o sistema detecte o estado emocional de um paciente. Ele é capaz de analisar seu tom e discurso durante uma interação com as enfermeiras. Interpretando os perfis no Twitter e outras redes sociais, ele procura tendências de risco. A ferramenta conta com um aplicativo móvel para check-ins emocionais. Para Larson, essas tecnologias podem melhorar consideravelmente a rapidez do diagnóstico de depressão.

Prevenção é objetivo principal

A intenção do Dartmouth-Hitchcock é fornecer a plataforma ImagineCare a organizações de saúde de todo o país, trabalhando na prevenção de doenças ao dar informações úteis aos médicos.

“Precisamos criar um sistema de saúde sustentável. Acho que o Obamacare dedicou todo o trabalho a oferecer cobertura de planos de saúde às pessoas, mas eles nem sempre significam um bom tratamento. O que acontece com as pessoas saudáveis que não querem ficar doentes? Se eu fosse eficiente, as pessoas não precisariam ir ao meu hospital”, argumentou Weinstein.

O médico e gestor pensa que a ImagineCare ajudará o Dartmouth-Hitchcock a construir um sistema focado na saúde, não no sistema de saúde. Para ele, o foco estaria na qualidade ao invés de volume.

“Imagine um sistema de saúde baseado em estratégias populares, não em percentual de mercado. Um que premie qualidade, não quantidade. Um sistema no qual os pacientes recebam o tratamento que desejam quando estiverem bem informados”, explicou.

A parte sustentável também é importante. Weinstein acredita que não só o ImagineCare fornecerá atendimento mais personalizado e melhorará os resultados dos pacientes, mas reduzirá os custos ao eliminar procedimentos desnecessários – uma vitória para a população, os profissionais de saúde e as empresas de seguro.

O Dartmouth-Hitchcock lançará a ImagineCare para 6 mil pacientes em outubro e já dialoga com outras instituições norte-americanas para uma adoção em larga escala. Pelo visto, a revolução indústria em saúde está apenas começando.

Fonte: Computerworld

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