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Inovar é preciso

Publicado em 10/11/2015 • Notícias • Português

Maior empresa de software de gestão de saúde do País, a MV tem como clientes mais de mil instituições no Brasil e América Latina, de hospitais a operadoras de planos de saúde. “Como há muita demanda diária, é natural que a prioridade dos departamentos seja atender clientes. Por isso, criamos uma estrutura separada dedicada ao desenvolvimento de novos produtos”, diz o diretor de inovação da MV, Emerson Zarour.

A área comandada por Zarour foi estruturada em 2014 e conta com 20 funcionários trabalhando em um espaço próprio na sede da MV, em Recife, com salas abertas e ambiente descolado seguindo o modelo das empresas do Vale do Silício.

O primeiro lançamento do centro de inovação foi a Global Health MD, plataforma que integra as funções já oferecidas pela empresa ao uso de aplicativos móveis. Com a instalação de um aplicativo em seu celular, batizado de Personal Health, o paciente poderá compartilhar com as equipes médicas dados da sua rotina de alimentação e atividades físicas. A ideia é que essas informações fiquem integradas aos resultados de exames em um único ambiente.

“O Personal Health é nosso primeiro produto para pessoa física. Até então só desenvolvíamos soluções para empresas”, diz Zarour. Para criá-lo, o time partiu de uma pesquisa feita em parceria com a Universidade Federal do Recife que mapeou os hábitos diários de dezenas de voluntários. A expectativa é reduzir em até 70% os gastos com serviços de call-center.

Medtronic

Quando adquiriu a multinacional Covidien, em janeiro deste ano, a fabricante de equipamentos médicos Medtronic assumiu também a operação de seus cinco centros de inovação na China, índia, Turquia, Coréia do Sul e Brasil. Inaugurado em agosto do ano passado, o espaço na cidade de São Paulo recebeu investimentos de 25 milhões de dólares. Ele possui nove leitos que simulam um ambiente cirúrgico, três que imitam as condições de uma UTI e um laboratório com equipamentos para simular acesso ao sistema vascular. O espaço é um ambiente de treinamento para médicos que nunca tiveram contato com algumas técnicas, como laparoscopias”, diz a diretora clínica da Medtronic, Carla Peron.

A interação com os mais de 1200 profissionais que já passaram pelo centro resultou em novas idéias para desenvolver produtos. Um deles foi a modificação de uma pinça especificamente para o mercado nacional. “A Small Jaw é utilizada em procedimentos de tireoidectomia (remoção da tireóide)”, diz Carla. “No Brasil, os cirurgiões fazem uma incisão menor do que nos Estados Unidos e, por isso, a pinça teve o tamanho da garra reduzido”. Para desenvolver o novo produto, um engenheiro da equipe de São Paulo enviou um esboço para o Centro de Pesquisa e Desenvolvido da Medtronic na China. O time chinês devolve então um protótipo, que é impresso em uma impressora 3D no centro paulista para feedback e aprovação dos médicos.

GE

O Centro de Pesquisas Globais da General Electric no Rio de Janeiro é parte de uma rede de nove unidades espalhadas em países como Estados Unidos, Alemanha e China. Juntos, eles trabalham com desenvolvimento de tecnologia para apoiar as áreas de negócios da multinacional. No Brasil, são 60 funcionários, a grande maioria engenheiros, focados especialmente em petróleo e gás. No entanto, há projetos também voltados para temas como aviação, transporte ferroviário e, mais recentemente, saúde. “O Centro foi estruturado para atender às necessidades específicas de clientes e parceiros locais”, diz o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da GE Healthcare para a América Latina, Eudemberg Silva. Dez pesquisadores do Centro da GE no Brasil, por exemplo, fazem parte do time global da Centricity 360, sistema que pretende reunir o histórico de pacientes em um só lugar. “O objetivo é ampliar a troca de experiências entre médicos e especialistas e facilitar o acesso às informações, que pode ser feito de forma remota, em dispositivos móveis”, diz Silva. Outro foco está em pesquisas para mapear a realidade do sistema de saúde, tanto da rede pública como da privada.

Johnson & Johnson

Treinamento e feedback. As duas palavras resumem o Johnson e Johnson Medicai Innovation Institute (JJMII), centro de inovação da multinacional criado em 2010 em São Paulo. O prédio de 3500 m2 conta com simuladores e equipamentos de realidade virtual nos quais mais de 15 mil médicos da América Latina já receberam treinamento. Além deste, a empresa possui outros 19 centros em locais como Estados Unidos, Japão e índia. No País, há também uma nova unidade em Recife.

Outra função desses espaços é também fornecer insights para a área de pesquisa e desenvolvimento da J&J nos Estados Unidos. “Recolhemos muitas informações de como os médicos utilizam os equipamentos”, diz o diretor médico da Johnson & Johnson Medicai para América Latina, Abner Lobão. Graças ao feedback de um dos centros, a empresa desenvolveu, por exemplo, um novo tipo de agulha usada em cirurgias no olho. Foi também ouvindo os pedidos de oftalmologístas em São Paulo que a J&J percebeu que havia mercado para importar para o Brasil a tal agulha, batizada de P2. “Os médicos daqui tinham uma necessidade específica e, ao buscarmos uma solução, encontramos a P2. Lá fora, ela era usada de forma um pouco diferente”, diz Lobão. Por aqui, a agulha é utilizada em tarsorrafias, um tipo de cirurgia na pálpebra realizada mais de 25 mil vezes ao ano.

Unimed-BH

Como todas as operadoras de planos de saúde no País, a Unimed Belo Horizonte enfrenta um grande desafio: conciliar as necessidades de seus clientes aos crescentes custos do setor. “São temas fundamentais nesta equação – o envelhecimento da população, a avaliação do impacto da incorporação de novas tecnologias, as técnicas de gestão, o uso consciente do plano de saúde e melhores práticas assistenciais”, diz Jomara Alves, superintendente geral de gestão empresarial da Unimed BH, uma unidade autônoma dentro do sistema Unimed.

Em busca de idéias para lidar com todas essas questões, a operadora inaugurou em abril do ano passado seu Centro de Inovações na capital mineira. Por lá, trabalham médicos, economistas, demógrafos, atuários (especialistas em avaliação de risco), administradores e educadores selecionados a partir dos times da própria empresa.

Entre os projetos desenvolvidos está uma ferramenta de big data para qualificar melhor a enorme quantidade de dados gerados no sistema de saúde. Muitas das iniciativas são realizados em parceria com universidades, pesquisadores e empreendedores externos. No entanto, o grande objetivo é conseguir captar as idéias dos próprios médicos e profissionais de saúde parceiros (os chamados cooperados) e transformá-las em soluções.

CISCO

No início deste ano, os habitantes de Tobias Barreto e Lagarto, dois municípios no interior de Sergipe, participaram de um projeto-piloto de telemedicina. Graças a equipamentos de vídeo, áudio e foto, médicos na capital Aracajú conseguiam prestar atendimento nas clínicas de Saúde da Família das duas comunidades, evitando longos deslocamentos dos moradores. A iniciativa – uma parceria entre a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Centro de Inovação Internet Of Everything (COI) da Cisco – é um dos exemplos do trabalho desenvolvido pela multinacional no Brasil. Inaugurado em 2013 no Rio de Janeiro, o COI é parte de uma rede de oito centros espalhados pelo mundo focados no desenvolvimento do ecossistema e de parceiros locais. No caso do Brasil, além de temas como segurança pública e redes elétricas inteligentes (Smart Grid), saúde também é um dos pilares de atuação. No caso da UFS, a ideia é continuar a parceria para ampliar e desenvolver a área de telemedicina, com treinamento de médicos e a instalação de um laboratório para estudantes. O COI também trabalha em outros projetos na área de médica, como uma solução para a área de oncologia que facilite a integração de profissionais de diferentes instituições.

Fonte: Revista Saúde Business

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