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Prêmio Nobel de Medicina é colaborador de pesquisas apoiadas por INCT e a Fiocruz

Publicado em 18/11/2015 • Notícias • Português

A colaboração conta com financiamento do CNPq por meio do INCT de Inovação em Doenças Negligenciadas

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Colaborador da Fiocruz há mais de uma década, o cientista japonês Satoshi Omura foi um dos vencedores do prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2015, com resultado anunciado nesta segunda-feira (5/10). Em conjunto com o pesquisador irlandês, William C. Campbell, Omura descobriu uma nova droga chamada avermectina, que reduz radicalmente a incidência de oncocercose (doença causada pelo verme Onchocerca volvulus) e de filaríase linfática (infecção que leva o paciente a ter elefantíase, causada por vermes do gênero Filarioidea). O prêmio também foi concedido para uma terceira cientista, a chinesa YouYou Tu, que desenvolveu uma nova terapia contra a malária.

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“Hoje tive uma grande alegria: saber que nosso colaborador no Japão, o professor Satoshi Omura, foi um dos ganhadores do Nobel de Medicina deste ano. Prêmio mais que merecido e esperado há anos!”, comemorou o diretor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), Carlos Morel. Em 2012, Omura e Morel publicaram conjuntamente um artigo que marcava o 25º aniversário da doação de um outro medicamento, o ivermectina, usado com o objetivo de eliminar a transmissão da oncocercose nas Américas. A droga foi descoberta, em 1979, pelo próprio Satoshi Omura, que é pesquisador do Instituto Kitasato, no Japão, em uma colaboração com a empresa Merck, Sharpe e Dohme. Aprovada para uso em humanos em 1988, a ivermectina ainda tem papel essencial no controle e erradicação da infecção por filarias e, atualmente, está sendo empregada em dois programas mundiais de eliminação de doenças.

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O artigo de Omura e Morel, que pode ser lido na íntegra aqui, faz uma avaliação da oncocercose de sua descoberta até os dias de hoje e realiza a previsão de que, até 2025, a doença terá sido eliminada como problema de saúde pública em boa parte do mundo (com exceção de países da África subsaariana). Atualmente, o Centro de Pesquisas René Rachou (Fiocruz Minas) também apresenta uma colaboração ativa com Omura relacionada ao teste de compostos da droga ivermectina, que já curou a oncocercose em milhões pacientes em todo o mundo. 

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Segundo Morel, essa colaboração só está sendo possível graças ao apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inovação em Doenças Negligenciadas (INCT-IDN) do Governo Federal, que vem financiando a parceria e à equipe da Fiocruz no Rio e em Belo Horizonte.

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“Temos um acordo de cooperação Fiocruz-Kitasato que nos dá acesso às bibliotecas de compostos daquela instituição e que testamos com recursos do nosso INCT-IDN no Centro de Pesquisas René Rachou”, explicou Morel.

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A descoberta de Omura do medicamento avermectina, que lhe rendeu o prêmio Nobel, abre novas frentes para o combate à oncocercose. O papel de Omura na descoberta da avermectina se deu a partir da expertise que o cientista tem em cultivar bactérias do solo. Ao criar milhares de culturas do gênero Streptomyces, ele conseguiu identificar várias delas que produziam substâncias tóxicas para outros organismos.

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Os INCTs

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O Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) mobiliza e apóia os melhores grupos de pesquisa em áreas de fronteira da ciência e em setores estratégicos para o desenvolvimento sustentável do País. É coordenado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e gerenciado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Atualmente, são 125 INCT’s em pleno funcionamento, abrangendo universidades e centros de pesquisa de todas as cinco regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste).

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Os INCT’s atuam em diversas áreas do conhecimento científico como: engenharias, biotecnologia, nanotecnologia, energia, clima e meio-ambiente, tecnologia da informação e comunicação, medicina, saúde pública, arqueologia, astrofísica, geociências, fotônica, matemática, ciências agrárias e ciências humanas e sociais.

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A criação dos institutos conta com parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), de Fundações de Amparo à Pesquisa, do Ministério da Saúde e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Fonte: Agência Fiocruz e Coordenação de Comunicação do CNPq

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