‘Quem vai fazer a proposta é o mercado’
Publicado em 18/07/2016 • Notícias • Português
ENTREVISTA
Ricardo Barros, ministro da Saúde
‘Quem vai fazer a proposta é o mercado’
l Como a criação de planos populares afetaria o SUS? Quanto mais pessoas tiverem saúde suplementar, mais dinheiro teremos na saúde brasileira.
Só estou propondo flexibilização na regulação para que as empresas possam lançar no mercado planos com cobertura diferenciada e preços interessantes.
l No caso de um paciente que precisasse de tratamento mais complexo que não fosse coberto, como o oncológico, isso não o prejudicaria ou atrasaria o início do tratamento? Se ele tiver um diagnóstico de câncer, vai procurar um encaminhamento da rede pública para fazer o tratamento. Ele não perdeu nada, só descobriu que tinha câncer mais cedo e terá mais chances de cura.
l Especialistas dizem que a proposta precisa ser detalhada…
Não tem como entender a proposta porque quem vai fazer a proposta é o mercado. A minha única proposta é botar mais dinheiro na saúde. Não vou definir o plano. Quem vai definir são os interesses de mercado. Não é meu papel desenvolver plano, saber qual é a cobertura, nada disso. / F.C.
Fonte: O Estado de São Paulo