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Unimed Paulistana terá que abrir mão de seus 744 mil clientes

Publicado em 02/09/2015 • Notícias • Português

A operadora Unimed Paulistana terá que entregar a sua carteira de 744 mil clientes a outros gestores de planos de saúde em um prazo de 30 dias, segundo informou nesta quarta (2) a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

O motivo, segundo a decisão publicada no “”Diário Oficial da União””, são “”anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocam em risco a continuidade do atendimento””.

A operadora enfrenta há anos uma crise financeira. Segundo o último relatório de gestão, fechou 2014 com patrimônio líquido negativo em R$ 169 milhões e passivo tributário de R$ 263 milhões.

No Diário Oficial, a ANS informa que a Unimed Paulistana “”continua tendo obrigação de manter a assistência aos seus beneficiários até que a transferência para outra operadora seja finalizada””.

A maior parte dos clientes está na cidade de São Paulo. A ANS orientou os beneficiários a “”manter o pagamento de seus boletos para garantir o direito à migração para uma nova operadora””.

Em nota, a Unimed Paulistana não forneceu detalhes sobre a crise. Informou apenas que trabalha “”para dar completo apoio ao atendimento dos mais de 740 mil clientes””.

Com um faturamento anual em torno de R$ 2,7 bilhões, a Unimed Paulistana teve suspensa também a venda de novos planos.

A ANS informou que os interessados na carteira de clientes da empresa serão obrigados a manter as condições dos contratos em vigor, sem prejuízos ao consumidor.

Caso a troca de comando não aconteça em 30 dias (contados a partir desta quarta), a ANS fará uma oferta pública para que outras operadoras façam propostas.

A operadora de caixa Maria Eugênia, 18, que aguardava consulta nesta quarta no Hospital Santa Helena –único exclusivo da operadora–, no centro de São Paulo, disse que o atendimento piorou.

A babá Cirley Maria dos Reis, 37, reclamou que cada vez menos laboratórios estão conveniados ao plano. “”Ficam cada vez mais longe de casa.””

Outra que se queixou da escassez de laboratórios foi Cleuza Martins, 41, que até a conclusão desta edição aguardava para dar à luz no Santa Helena. “”Eu, que moro em Engenheiro Goulart [zona leste], tive que fazer exame em Santa Cruz [na zona sul]””, conta. Ela ficou apreensiva ao saber da decisão da ANS.

Fonte: Folha de S.Paulo

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