Pesquisa mostra as ações das empresas nas políticas de ESG
Publicado em 23/02/2023 • Notícias • Português
Com as pressões crescentes por parte dos stakeholders – incluindo os consumidores – as empresas de todos os segmentos, e não apenas do setor de saúde, começam a entender que as políticas de ESG devem ser cada vez mais consistentes, e não apenas um marketing positivo. Esse ponto de vista é corroborado pelo levantamento CEO Outlook Brasil, elaborado pela consultoria global KPMG, em meados de 2022 com a consulta de lideranças brasileiras de empresas de diferentes setores. Para 50% dos brasileiros entrevistados, adotar uma abordagem mais proativa para questões sociais, como o aumento do investimento em salários dignos, direitos humanos e uma transição justa, é o principal fator para acelerar a estratégia ESG de suas organizações nos próximos três anos.
Eles também indicam como positiva a implementação de uma estratégia net zero (20%), a entrega de uma estratégia de inclusão e diversidade para abordar a equidade na liderança (24%) e o aumento da implementação de métricas de avaliação e de governança para desenvolver uma abordagem mais robusta e transparente para ESG (6%). E ainda: 86% dos líderes brasileiros estão cientes da significativa demanda dos stakeholders por relatórios e mais transparência sobre questões ESG, especialmente por parte dos investidores institucionais.
Não é muito diferente fora do Brasil. E, neste caso, com o foco na área da saúde. Uma pesquisa realizada pelo Health Research Institute (HRI), vinculado à consultoria PwC Brasil, revela as tendências e ações da das empresas do setor farmacêutico e de biociências em torno da pauta de ESG. Foram consultadas 32 organizações com o objetivo de identificar o que vem sendo feito até agora.
Mais da metade das lideranças desse setor que responderam ao levantamento realizado com lideranças executivas pela PwC, nos EUA, disse que esperava aumentar o treinamento em diversidade e inclusão (58%) e a divulgação sobre o
tema (52%) nos próximos 12 meses. Outros 40% disseram que suas organizações aumentariam a diversidade dos membros do conselho. A análise também forneceu uma visão de algumas medidas tomadas pelas empresas para desenvolver seus programas ESG.
- No escopo Ambiental, foram elencadas as seguintes iniciativas: frota de veículos sustentáveis; neutralidade de carbono em 5-10 anos; gestão avançada de resíduos; e redução de custos de fabricação, por meio de investimento em fabricação contínua ou outras tecnologias.
- No âmbito Social foram mencionadas: contribuições financeiras significativas para medicamentos e terapias acessíveis a comunidades carentes; adoção e incorporação precoce de diversidade em ensaios clínicos para pesquisa e desenvolvimento; resiliência da cadeia de suprimentos baseada na diversidade de fornecedores e em avaliação de riscos; esforços para melhorar a segurança do produto; e medidas abrangentes de D&I (diversidade e inclusão), a exemplo de programas de recrutamento e mentoria.
- Em Governança, as empresas indicaram: relatório abrangente de responsabilidade social corporativa para monitorar e compartilhar o progresso mensurável em ESG; nomeação de liderança ESG; diversidade de gênero e raça nos conselhos de administração; metas de equidade salarial; e políticas de ética, compliance e fraude.