Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Cautela no uso do ChatGPT na saúde

Publicado em 13/07/2023 • Notícias • Português

Desde que o ChatGPT foi lançado, em novembro de 2022, os usuários estão descobrindo novas formas de se beneficiar da Inteligência Artificial Generativa. Na saúde, a ferramenta está mostrando seu potencial de simplificar e melhorar os sistemas de saúde de várias maneiras, mas é preciso cautela quando o seu uso se depara com questões éticas.

Ninguém contesta, por exemplo, que o avanço da telemedicina trouxe muitas vantagens aos pacientes. Este foi um legado da pandemia que deve se perpetuar, ainda mais com a regulamentação da prática no País. O ChatGPT pode facilitar esse gerenciamento remoto da saúde, desenvolvendo assistentes virtuais que podem auxiliar pacientes a agendar consultas e gerenciar suas informações.  Mas a tomada de decisão a respeito do melhor tratamento ainda deverá ser feita pelo profissional da saúde, segundo especialistas do setor. A ferramenta pode ajudar, mas não substituir a decisão médica.

O ChatGPT pode representar um ganho também para o trabalho de profissionais de saúde, no manejo de muitas informações relevantes e atualizadas. A capacidade de revisar grandes volumes de dados e gerar sínteses pode ser fundamental para o diagnóstico de uma doença ainda desconhecida ou pouco conhecida. Isso poderia ajudar a identificar mais rapidamente surtos e emergências sanitárias e as possíveis medidas de enfrentamento. Mas os profissionais de saúde é que poderão avaliar se as respostas fornecidas são adequadas. Novamente, voltamos ao ponto de que a tecnologia pode auxiliar na tomada de decisões, mas não substituir a capacidade humana de discernir o melhor caminho.

Escrever e documentar relatórios médicos pode ser outra tarefa que será auxiliada pela IA fornecendo sugestões e correções em tempo real. Mas neste aspecto, o padrão ético também deverá balizar os estudos, afinal, a principal fonte de informação do ChatGPT são conteúdos que circulam gratuitamente pela internet. Boa parte das revistas científicas, que categorizam com mais critério seus textos, não disponibilizam as informações de forma gratuita. Assim, é preciso cautela, pois o que a ferramenta encontra não é, necessariamente, o mais atualizado, mais abrangente ou mais confiável dentro do tema. À medida que o conhecimento acadêmico for disponibilizado de forma mais abrangente, isso poderá contribuir para resultados mais assertivos.

Portanto, quando o assunto é saúde, as informações precisam ser balizadas pelos profissionais que atuam na área e as instituições de referência. A capacidade de fazer uma análise crítica e tomar a melhor decisão pode sim, levar em conta informações obtidas pela IA, mas não se pode delegar à ferramenta o papel de substituir o discernimento humano.

Mais notícias e eventos