ABIMED debate tendências e inovações no Fórum Futuro da Saúde
Publicado em 10/10/2025 • Notícias • Português
À convite da FIA e da Produtora Brasileira, a ABIMED participou, nesta quinta-feira (09), do Fórum Futuro da Saúde. A iniciativa faz parte do Encontros com o Futuro, idealizado por Pedro Saad, CEO da Editora Brasileira, da Produtora Brasileira e do World Observatory.
Fernando Silveira Filho, presidente-executivo da ABIMED, participou do painel Tendências e Inovações em Saúde, ao lado do psiquiatra Daniel Martins de Barros e do diretor médico no Hospital do Amor Amazônia, Pedro Figueiredo Gama. Os participantes reforçaram a necessidade dos diferentes atores da saúde se mobilizarem para ampliar o debate. Fernando Silveira Filho ressaltou que temos todos os elementos para construir uma perspectiva melhor para a saúde no Brasil. “Vimos uma evolução importante no país desde 1988 em saúde, mas continuamos vendo os mesmos problemas, com outras dimensões”, refletiu o presidente-executivo da ABIMED. Para Fernando, a regulação é um caminho essencial para garantir o uso responsável das tecnologias baseadas em Inteligência Artificial (IA), que já estão fortemente presentes no setor. “A Inteligência artificial aliada a tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas precisa ser regulada e monitorada. Equipamentos médicos, por exemplo, utilizam IA desde o final dos anos 1980, e por isso a regulação é essencial para construirmos a saúde do futuro”, reforça Fernando.
Questionado sobre o impacto das tecnologias para a saúde mental, Daniel de Barros explica que é recente o consenso sobre o uso inadequado e excessivo das redes sociais por crianças e adolescentes. Para o psiquiatra, há impactos negativos, mas há, também, a mudança de comportamento diante dos excessos. O médico reiterou que, da mesma forma que houve uma mudança de comportamento em relação ao cigarro na década de 1980, por exemplo, o mesmo acontece com essas tecnologias. “De um a dois anos para cá é possível dizer que ‘caiu uma ficha’ a respeito do modo como são utilizados os celulares, por exemplo, e há uma tendência para uma regulação, ou até mesmo uma autoregulação sobre o uso por pais e responsáveis”, afirma.
Pedro Gama, contextualizou as disparidades no acesso às tecnologias e inovações em regiões periféricas e distantes, como a região Amazônica. O diretor médico do Hospital do Amor Amazônia defendeu as parcerias público-privadas e o empenho de empresas de setores que se instalam nessas regiões para exploração de energia e mineração, por exemplo, para atender às necessidades e apoiar iniciativas de atenção primária à saúde. “É um problema complexo que necessita a cooperação para alcançar a sustentabilidade”, reforçou Gama.
O Fórum trouxe ainda um painel com Mariana Pimenta, gerente sênior da PwC Strategys, que apresentou indicadores sobre o uso da IA e a reinvenção da saúde com a intensificação da digitalização, destacando pontos de atenção necessários ao setor para com toda a jornada do cliente e paciente. O encontro contou também com um debate voltado às empresas de saúde e desafios do setor.