Outubro Rosa: tecnologia em apoio à saúde da mulher
Publicado em 30/10/2025 • Notícias • Português
A campanha Outubro Rosa foi criada na década de 1990 com o objetivo de conscientizar sobre o câncer de mama e promover o diagnóstico precoce da doença. Nos últimos 35 anos, mais do que uma campanha, o Outubro Rosa tornou-se um movimento global em defesa da vida, que une ciência, políticas públicas e tecnologia na busca por resultados mais eficazes.
Apesar dos avanços observados nas últimas décadas, o câncer de mama é hoje a principal causa de morte entre mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), até o final de 2025 o país deve registrar 73.610 novos casos da doença, com uma taxa estimada de 66,54 para cada 100 mil mulheres.
Apesar da gravidade da doença, segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), o diagnóstico precoce pode elevar as chances de cura para até 95%, além de possibilitar tratamentos menos agressivos e com melhor recuperação.
Neste cenário, a campanha Outubro Rosa, cujo objetivo principal é justamente conscientizar a sociedade acerca da importância e das alternativas de diagnóstico precoce, ganha relevância ano a ano.
Para ampliar o acesso e padronizar o rastreamento da doença, o Sistema Único de Saúde (SUS) publicou recentemente uma nota técnica que orienta a oferta de mamografia para mulheres de 40 a 49 anos, quando indicada por médico, e estende a realização do exame a mulheres de 74 anos ou mais que desejem fazê-lo. A medida está alinhada ao Código Latino-Americano e Caribenho contra o Câncer, desenvolvido em cooperação com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
As tecnologias médicas têm desempenhado um papel decisivo no combate ao câncer de mama nos últimos anos. O uso de inteligência artificial (IA), por exemplo, vem transformando o diagnóstico por imagem: segundo a JAMA Oncology, sistemas de IA alcançaram 94,6% de precisão na detecção de câncer de mama, um resultado comparável — e alguns casos superior à leitura humana. A combinação de algoritmos, dados clínicos e imagens de alta resolução tem permitido identificar lesões em estágios iniciais, quando o tratamento é mais eficaz.
Esses avanços tecnológicos se estendem às terapias de combate à doença. Tratamentos personalizados como terapias-alvo, imunoterapia e radioterapia de intensidade modulada (IMRT), reduzem efeitos colaterais e aumentam a eficiência terapêutica. Cirurgias robóticas, que utilizam incisões menores e maior precisão, têm acelerado o processo de recuperação. E em casos específicos, a hormonioterapia vem substituindo a quimioterapia, oferecendo resultados expressivos com menor impacto físico e emocional.
Para a ABIMED, a inovação tecnológica em saúde é uma aliada fundamental na prevenção, no diagnóstico e no tratamento do câncer de mama e de diversas outras doenças. É por isso que reforçamos nosso compromisso com a melhoria contínua dos dispositivos médicos, aliado à colaboração entre indústria, profissionais de saúde e instituições, de maneira a garantir que as mulheres tenham acesso a soluções mais seguras, eficazes e humanas.
Neste Outubro Rosa, lembramos que tecnologia e cuidado caminham juntos. Cada avanço científico representa uma nova possibilidade de vida; e cada inovação, uma esperança renovada para milhares de pessoas.