Na última segunda-feira (17), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reuniu, em Brasília, representantes de 178 entidades do setor industrial para iniciar a construção da Agenda Legislativa da Indústria 2026, documento estratégico que será lançado em março do próximo ano. A iniciativa reforça a importância da articulação entre indústria e poder público para garantir um ambiente regulatório favorável à competitividade e à inovação.

Durante o encontro, o presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que a próxima edição da Agenda contemplará temas decisivos para o futuro do setor, como a regulamentação da reforma tributária e propostas relacionadas à taxação das apostas eletrônicas e do cigarro eletrônico. Alban alertou para a necessidade de um mecanismo que permita atualizações frequentes no documento, considerando a velocidade com que novos projetos surgem, especialmente em um ano marcado por eleições presidenciais.

O presidente do Conselho de Assuntos Legislativos da CNI, Paulo Afonso Ferreira, reforçou que a construção da Agenda depende da participação ativa das federações e associações setoriais:

“Esse trabalho só é possível com essa participação efetiva da base industrial, pois sabemos que as mudanças que o país precisa passam necessariamente pelo Congresso Nacional.”

Entre as entidades presentes, a ABIMED teve papel de destaque, representada pelo seu Diretor Regional de Brasília, Felipe Dias Carvalho, que recebeu homenagem pela atuação da Associação na construção das agendas legislativas de 2023, 2024 e 2025. O reconhecimento reforça o compromisso da ABIMED com a defesa dos interesses do setor de dispositivos médicos e com a promoção de políticas públicas voltadas à inovação e à competitividade. Além de Felipe Carvalho, outros 11 representantes de entidades também foram laureados, evidenciando o esforço conjunto para fortalecer a indústria nacional.

O diretor de Assuntos Legislativos da CNI, Roberto Muniz, ressaltou que a 31ª edição da Agenda será um reflexo das prioridades estratégicas da indústria brasileira:

“O nosso primeiro passo é a defesa do interesse e a promoção da indústria. Para isso, precisamos ter cada vez mais uma atuação forte e presente no Congresso Nacional.”

A elaboração do documento envolve uma ampla consulta às 27 federações estaduais da indústria, além de associações setoriais e sindicatos, consolidando uma visão integrada sobre os desafios e oportunidades para o setor. Mais do que uma lista de prioridades, a Agenda Legislativa é uma plataforma de diálogo entre indústria e governo, com potencial para impulsionar o crescimento econômico, promover a inovação e fortalecer a competitividade do Brasil no cenário global.