Mercado Aberto: Em alta, laboratórios postergam fusões com grupos estrangeiros

Publicado em 04/05/2016 • Notícias • Português
Laboratórios de diagnóstico brasileiros têm postergado os planos de fusões e aquisições com grupos estrangeiros para aproveitar seu período de crescimento.
O centro paulista de diagnósticos SalomãoZoppi, que no fim do ano passado negociava com grupos estrangeiros a venda de 20% a 30% da empresa, diz agora que não deve firmar acordos em 2016.
“Não temos interesse em evoluir com isso neste momento, em meio a uma forte expansão”, afirma o presidente-executivo, Mário Pereira.
A Mendelics, especializada em testes genéticos, também tem recusado negociações.
“A procura tem sido grande, os grupos de fora observam a crise no Brasil e esperam preços mais baixos. Mas, para nós, não seria um bom negócio agora”, diz David Schlesinger, um dos fundadores.
A Mendelics atingiu, em maio, o equivalente à receita de todo 2015, afirma ele.
Com resultados positivos e caixa para investir, as empresas do setor têm optado por esperar atingir um valor mais alto para então negociar a venda, analisa o advogado Henrique Frizzo, sócio do escritório Trench, Rossi e Watanabe.
A procura internacional teve forte alta no último ano, após mudança na legislação que passou a autorizar a participação estrangeira em empresas de assistência à saúde.
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Mercado Aberto: RECEITA LEGÍVEL
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O centro de diagnósticos SalomãoZoppi vai investir neste ano R$ 60 milhões para abrir três unidades em São Paulo, como parte de seu plano de expansão.
Em 2015, a empresa já havia anunciado outros quatro novos endereços —um deles, o 11° da rede, será inaugurado neste mês, em Osasco.
No primeiro trimestre deste ano, a receita aumentou 59% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Neste ano, o plano é manter essa taxa de crescimento”, diz o presidente-executivo, Mário Sérgio Pereira.
R$ 275 milhões foi o faturamento em 2015
Fonte: Folha de S.Paulo