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Ele seguiu o caminho da saúde, mesmo distante da medicina

Publicado em 11/04/2016 • Notícias • Português

Com espírito empreendedor, Roberto Vilela – que sonhava em fazer medicina – encontrou no transporte de medicamentos o caminho para trilhar. Usando seu tino, ele parece alavancar qualquer empresa em que coloca as mãos. Depois de abrir um negócio próprio quando tinha apenas 17 anos, agora controla um dos maiores operadores de logística do País, a RV Ímola.

Já trabalhou em loja de sapatos e em corretora de imóvel e graças ao talento em vendas conquistou a oportunidade em uma pequena transportadora, que transformou o seu trajeto. Foi aos 22 anos, enquanto trabalhava em uma imobiliária, que Vilela impressionou um consultor e administrador da Transportadora Bezerra e foi chamado para a área de vendas. Em pouco tempo conseguiu grandes contratos com fabricantes, o que o levou a atingir cargos de gerência e, posteriormente, de liderança. “Quando entrei, a transportadora carregava 3 ou 4 caminhões por mês. Quando saí tínhamos 40 carretas por dia”, recorda o executivo.

Depois de 22 anos de serviço na empresa, Vilela decidiu que era hora de abrir uma consultoria para o setor. Surgiu então a empresa RV Consult. “Poucos meses depois disso, eu transformei a marca em RV Consult, Transportes e Logística, para atender a outros projetos que surgiram, como o da Amazônia Celular”, conta Vilela.

Ao obter sucesso do projeto, o empresário conseguiu mais um pedido do governo do Amazonas para fazer a logística de medicamentos na região. Foi quando tudo mudou, pois para o projeto ele teve de roteirizar todos os caminhos possíveis de estrada e barco para saber como entregar os medicamentos. “Foi aí que percebi como a área da saúde era tão importante, que não teria oscilação”, destaca.

A grande sacada

“Preciso ir para esse ramo”, pensou o empresário. Depois se aprofundou no estudo do conteúdo da área de saúde; fez parcerias com farmacêuticos para conseguir melhoras do ponto de vista técnico, e correu atrás do aumento de regulamentação do setor, para garantir seu sucesso no segmento de saúde pública.

Alguns projetos que a empresa atende são a armazenagem e distribuição dos medicamentos refrigerados de alto custo da Fundação para Remédio Popular e o abastecimento das AMAs e UBSs para a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. “Crescemos com a área pública e, aos poucos, também com a privada.”

Para encurtar o caminho de sucesso, em 2010 o executivo adquiriu uma das maiores empresas de logística na área privada, a Ímola. “Eu entregava medicamentos para projetos públicos e a Ímola era líder no setor privado, tinha as maiores empresas da indústria farmacêutica como clientes.”

Com a fusão, a empresa passou a ser chamada de RV Ímola e hoje é um dos maiores operadores de logística da área da saúde no País. Atualmente, a empresa está fazendo o transporte de animais vivos, órgãos para transplante e remédios. “A ideia é atingir toda a cadeia.” Vilela já estuda a aquisição de mais duas empresas e está em contato com fornecedoras de tecnologia e sistemas de gestão hospitalar para parcerias.

Além de profissionalizar a área de logística de materiais para a saúde, o executivo introduziu na empresa a logística interna de medicamentos dentro dos hospitais, o que promete revolucionar a gestão hospitalar e reduzir custos com perdas e desvios. “Quando era novo queria ter feito medicina, mas a única faculdade que passei foi na particular e não conseguia pagar. Mas de um jeito ou de outro, entrei na saúde”, brinca o executivo. Outro negócio que o empresário possui é a Portus, importadora de vinhos que trabalha com mais de 50 rótulos.

Planos

Apesar de ter sido convidado por governos de estado de outros países para prestar consultoria na reestruturação da área de saúde local e até de operar na logística de medicamentos, o empresário comenta que esse plano só será realizado quando encontrar parceiros regionais que tenham o mesmo compliance da RV Ímola.

Outro plano para o futuro é encontrar um maior equilíbrio entre a vida pessoal e a privada. “Não saio do trabalho depois das 18h. Se for encontro de negócios, que seja em um restaurante fora da empresa”, diz. A mesma política é repassada para seus funcionários.

Para garantir a sustentabilidade da empresa, Vilela criou o Grupo Sigla, que cuida dos negócios da família e uma holding imobiliária, que cuida das propriedades para garantir a gestão profissional e o compliance no futuro. Atualmente, duas filhas dos três que ele tem, trabalham na empresa.

Fonte: DCI

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