Em visita à Hospitalar 2016, Ricardo Barros afirma que quer levar produtos das melhores marcas para a saúde pública

Publicado em 25/05/2016 • Notícias • Português
Recebido pela fundadora e presidente da Hospitalar Feira Fórum, Dra. Waleska Santos; pelo presidente da UBM no Brasil, Jean-François Quentin; e pela diretora da feira, Mônica Araújo; o ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitou nesta quinta-feira (19) a 23ª Hospitalar.
O ministro reuniu-se com presidentes e diretores das principais entidades da cadeia da Saúde, no stand da presidência, onde recebeu boas-vindas e votos de boa gestão.
“Programamos essa reunião com as principais lideranças e esse encontro é o reflexo da congregação de um setor que tem uma agenda positiva em conjunto e se apoia mutuamente”, discursou a Dra. Waleska Santos. “Além de lançamentos e dos negócios que ocorrem aqui, também discutimos políticas públicas e privadas de saúde, e promovemos assinaturas de parcerias e convênios”, disse ela.
Um a um, apresentaram-se para o ministro: o coordenador titular do BioBrasil – Comitê da Bioindústria da Fiesp, Ruy Baumer; o presidente do Conselho de Administração da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), Francisco Balestrin; o presidente da Fehoesp (Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo), Yussif Ali Mere Júnior; o presidente e o superintendente da ABIMO (Associação Brasileira das Indústrias Médico, Odontológicos, Hospitalares e de Equipamentos de Laboratório), Franco Pallamolla e Paulo Henrique Fraccaro; o presidente do Conselho de Administração da Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde), Fabrício Campolina; Raul Cutait, presidente do ComSocial da Fiesp; e Breno de Figueiredo, presidente da Fenaess (Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde).
Durante sua visita à feira, o ministro reforçou o esforço do Ministério da Saúde em investir em eficiência e qualidade da saúde pública. “Queremos gastar melhor cada centavo que é utilizado no SUS, que é um direito universal do cidadão brasileiro. Eu vim visitar a Hospitalar porque tenho como prioridade tratar a saúde pública com gestão de qualidade, com as melhores marcas, para podermos chegar o mais próximo dos índices de melhor desempenho que têm a rede privada e filantrópica, e vamos nos esforçar para isso”, disse o ministro Ricardo Barros. “Peço a contribuição de todos aqui presentes para alcançarmos as nossas metas”, enfatizou.
Segundo o ministério, o SUS é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. O amplo atendimento realizado pela rede gera grande impacto no mercado de saúde brasileiro, representando mais de 50% do mercado de equipamentos hospitalares; 90% do mercado de vacinas; 80% dos investimentos em prevenção e tratamento do câncer; 90% das hemodiálises; realiza mais de 500 milhões de consultas médicas por ano; 3,2 bilhões de procedimentos ambulatoriais por ano; e 1 milhão de internações.
O investimento em novas tecnologias também está presente na incorporação de medicamentos e na aquisição de equipamentos para tratamentos. Para Barros, uma forma de ampliar o acesso da população a produtos estratégicos, além de incentivar o desenvolvimento tecnológico e a racionalização do poder de compra do estado são as PDPs (Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo). Trata-se da cooperação entre instituições públicas e entidades privadas para desenvolvimento e transferência de tecnologia, produção, capacitação produtiva e tecnológica do país em produtos estratégicos para atendimento às demandas do SUS.
Atualmente são 81 parcerias vigentes envolvendo 18 laboratórios públicos e 43 privados com acordos que preveem o desenvolvimento de 78 produtos (47 medicamentos, quatro vacinas, 27 produtos para saúde) que gerarão R$ 5,3 bilhões/ano de economia ao final dos projetos em fase de PDP. O Brasil tem parcerias, por exemplo, para produção de medicamentos biológicos, que equivalem a cerca de 4% dos medicamentos comprados pela pasta e representam 51% dos gastos.
Recentemente a pasta incorporou novos medicamentos e um produto para saúde: stents farmacológicos, que auxiliam no tratamento de doenças coronarianas para pessoas com diabete ou com lesões em vasos finos.
Antes da visita à feira, o ministro recebeu das mãos de Yussif Ali Mere Júnior uma proposta do setor privado de Saúde ao novo Governo. Segundo Yussif, a categoria sabe sobre as dificuldades de financiamento da saúde e a escassez de recursos e, pensando nessa dificuldade presente, a Federação optou por trazer ao ministro uma contribuição efetiva, propondo mudanças em diversas Portarias, das mais variadas áreas da saúde, a fim de reduzir custos sem, entretanto, interferir na qualidade assistencial.
Barros recebeu também das mãos do representante da Abimed um estudo – encomendado pela Abimed à consultoria Tendência – cujos dados revelam que nos países em que o controle de preços foi praticado, como Japão e França, houve inibição de pesquisa e inovação, o que provocou aumento nos preços médios dos produtos médico-hospitalares – exatamente o contrário do que ocorreu em países que adotam o livre-mercado, como Estados Unidos e Alemanha, segundo a Abimed.
Fonte: Portal Hospitalar