Problema de família
Publicado em 17/06/2016 • Notícias • Português
Não é que faltem médicos no país: os profissionais estão mal distribuídos por especialidades e regiões, dizem analistas. “Ninguém quer ser médico de família, só quer ser cirurgião plástico”, diz Gustavo Gusso,da Faculdade de Medicina da USP. Consultor de saúde pública, Eugênio Vilaça Mendes tem opinião parecida. “O sistema atual,fragmentado, tem de ser substituído por uma rede de atenção primária integrada”. A atenção primária, que prioriza o atendimento inicial, resolve cerca de 80% dos problemas, segundo especialistas.Nesse modelo, é importante o médico de família. “Ele vai saber o que é melhor para o paciente”, diz Silvia Esposito, coordenadora do núcleo de atenção à saúde da Unimed Brasil. Para ela, a mudança deve ser rápida, “antes que a saúde não seja sustentável”.
Para Mendes, que cita o programa Saúde da Família,“essa é a forma mais virtuosa de organização”.
Fonte: Folha de São Paulo