Hospital municipalizado no Rio ainda sofre impactos de crise
Publicado em 07/01/2016 • Notícias • Português
Embora a Secretaria de Saúde do Estado do Rio tenha divulgado que o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na zona oeste, está “funcionando normalmente” e “sem restrições”, pacientes ainda enfrentam problemas decorrentes da precariedade do atendimento.
Vítima de um derrame no domingo passado, Olindina José da Silva Vicente,de 66 anos,ainda não teve a tomografia analisada por um neurocirurgião.
Enquanto a família da mulher aguardava no saguão, no andar superior, autoridades do Estado e da prefeitura do Rio reuniam-se para acertar detalhes da municipalização. A unidade foi incorporada à rede municipal de saúde, como parte do acordo de ajuda da prefeitura à gestão em crise do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). O atendimento de emergência no local chegou a ser suspenso no fim do mês de dezembro.
Além do hospital de Realengo,a prefeitura assumirá o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, também na zona oeste, a partir da próxima segunda-feira.
Os dois continuarão geridos por organizações sociais (OSs),mas as atuais gestoras terão os contratos rompidos.
“Vai ser de forma amigável, não teremos de ressarcir”, disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Verbas. Os dois hospitais receberam ontem aporte financeiro de R$ 26 milhões. Os recursos integram a segunda parcela do empréstimo que o prefeito Eduardo Paes (PMDB) anunciou em dezembro como socorro ao governo estadual.O secretário municipal de Governo,Pedro Paulo Carvalho, afirmou que o dinheiro manterá o salário dos funcionários em dia e os serviços em funcionamento.
O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro criticou a municipalização dos hospitais. A entidade reclama que a decisão foi tomada sem ter passado pelo Conselho Estadual de Saúde.
Fonte: O Estado de S.Paulo