Brasil perderá 8,7% do PIB devido a doenças crônicas
Publicado em 07/01/2016 • Notícias • Português
Graças ao aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como câncer, diabetes, doenças respiratórias e cardiovasculares há uma diminuição da população economicamente ativa (PEA) em diversos países, mas a realidade no Brasil é mais preocupante, inclusive em função do envelhecimento da população. Estima-se que as perdas totalizarão 8,7% do PIB brasileiro até 2030, um montante de US$ 184 bilhões, sem falar da queda de produtividade que as empresas terão que gerenciar.
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Essa conclusão faz parte do conjunto de estudos realizados pelo professor Bruce Rasmussen da Universidade de Victoria na Austrália em 12 países, entre eles o Brasil. O professor considerou custos que podem ter efeitos diretos no PIB, como perdas devidas à aposentadoria precoce, faltas não programadas do empregado (absenteísmo) e perda da produtividade durante a jornada de trabalho (presenteísmo).
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Entre os países pesquisados, o Brasil apresenta o maior impacto sobre doenças crônicas. Os dados revelam que até 2030 o índice de envelhecimento da população e a alta incidência de DCNTs, alcancem 39% da PEA, configurando o País como o “mais velho” entre os latino-americanos estudados. Esses dados colocam Governo, empresa e sociedade em estado de atenção e reflexão sobre as DCNTs e exigem respostas urgentes para as implicações econômicas geradas pelo processo de envelhecimento da força de trabalho e a mudança de perfil de saúde marcadas pelo agravamento causado por doenças crônicas.
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Segundo informações do Ministério da Saúde, as estimativas para o Brasil sugerem que a perda de produtividade no trabalho e a diminuição da renda familiar resultantes das DCNTs levarão a uma perda na significativa da economia brasileira, o forte impacto socioeconômico das DCNTs e seus fatores de risco, está afetando o alcance das metas de desenvolvimento que abrangem temas como saúde, educação e combate à pobreza.
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A participação do Brasil nos estudos foi sugerida pelo Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, que promoverá no próximo dia 10 de dezembro, em Brasília, uma conferência para apresentação dos resultados do trabalho do professor Rasmussen e debates sobre estratégias de combate às doenças crônicas não transmissíveis e investimentos em saúde para o alcance das metas econômicas.
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Sobre Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Seção Americana)
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O Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos é uma organização privada com foco na promoção do livre comércio e investimentos entre os Estados Unidos e o Brasil. Fundado em 1976, foi criado para promover comercio e investimento entre os dois países, operando dentro da estrutura da Câmara de Comércio dos Estados Unidos. A seção americana do conselho representa empresas norte-americanas que investem no Brasil, e a seção brasileira é gerida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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Fonte: Saúde Business