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Mais próximo da pele artificial

Publicado em 09/01/2016 • Notícias • Português

Engenheiros da Universidade de Slanford, nos Estados Unidos, apresentaram ontem, na revista Science, uma superfície plástica que imita a sensibilidade da pele humana. Munido de microssensorese flexível, o material deve permitir a construção de próteses que, ligadas ao cérebro, darão ao usuário a sensação de lato.

Zhenan Bao, professora de engenharia química da instituição, passou a última década tentando desenvolver um material que re-produza a habilidade da pele de flexionar e vol lar ao normal e, ao mesmo tempo, funcione como uma rede de sensores capazes de captar toques, mudanças de temperatura e sinais de dor. No artigo publicado ontem, Bao conta que deu um passo importante para alcançar seu objetivo, ao conseguir fazer com que o material perceba a força da pressão exercida sobre ele — fundamental para que uma pessoa distinga um leve toque de um firme aperto de mão. “Essa é a primeira vez que um material flexível, semelhante à pele, foi capaz de detectar pressão e também transmitir um sinal para um componente do sistema nervoso”, afirmou a cientista em um comunicado emitido por Stanford.

O segredo da tecnologia é um componente plástico de duas camadas. A de cima funciona como o mecanismo sensorial. A de baixo, por sua vez, atua como o circuito que transporia sinais elétricos e os traduzem estímulos biomecânicos compatíveis com células nervosas. A”mágica” é garantida por bilhões de nano-tubos de carbono espalhados pela superfície do material. Quando pressionados, os nanotuhos se aproximam e passam a conduzir eletricidade. Quanto mais eletricidade gerada, maior é o sinal que chega ao cérebro, que pode, então, interpretar o grau de pressão sobre o material.

Até agora, os pesquisadores não construíram uma prótese que tenha dado ao usuário a sensação do toque, mas já provaram que o conceito funciona por meio de testes com células nervosas em laboratório. “Nós temos muito trabalho para sairmos desse experimento para aplicações práticas”, admite Bao. “Mas, depois de passar anos dedicada a esse trabalho, eu, agora, vejo um caminho claro para chegarmos a uma pele artificial”, conclui.

Fonte: Correio Braziliense

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