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Biomodelo ajuda médicos nas cirurgias de colocação de próteses

Publicado em 09/01/2016 • Notícias • Português

Uma nova técnica no Brasil está facilitando a vida de médicos e pacientes nas cirurgias para colocação de próteses: o biomodelo. O tempo e o custo ficam menores e os resultados, até agora, mostram que a recuperação também pode ser mais rápida.
Um paciente que sofreu um acidente de moto teve cinco costelas quebradas. Antes de realizar a cirurgia para a reconstrução dos ossos, o médico usou o biomodelo, que são cópias de órgãos, ossos e até artérias feitas em 3D.
Com a ajuda de uma micro-câmera, o JH gravou como funciona essa impressão (veja no vídeo acima). Foram oito horas para que tudo ficasse pronto. Ossos, coluna e até uma orelha são construídos lentamente, tudo a partir de exames como tomografia ou ressonância magnética, que foram colocados em um computador ligado à impressora 3D. O material é um tipo de resina plástica, que vai servir para que o médico possa planejar e até treinar uma cirurgia antes de realizá-la no paciente.
“Um produto que vai replicar de forma realística aquilo que pode ser utilizado previamente a um ato cirúrgico, promovendo maior previsibilidade, de forma que a equipe médica faça cirurgia prévia ao ato em si”, explica Walter Troccoli, diretor comercial da empresa que produz o biomodelo.
O biomodelo foi usado em, pelo menos, três cirurgias em São Paulo, no hospital Samaritano, um dos maiores do estado. Nas três cirurgias de fratura de costela, o resultado foi bem parecido.
A redução de custos é outro benefício da técnica. O médico usa placas de titânio nas fraturas. Cada placa, com 12 centímetros, custa R$ 12 mil. Em uma cirurgia comum, ele usaria cinco placas nas cinco costelas quebradas, mas com ajuda do biomodelo, ele planejou a cirurgia antes e na hora usou duas placas a menos, economizando R$ 24 mil só em material.
“Como a gente conseguiu fazer antes, a gente conseguiu pegar essa plaquinha e viu que só ia precisar de sete furinhos. Depois, a gente conseguiu de novo usar a mesma placa na mesma fratura. Durante a cirurgia, não dá pra ficar experimentando e testando, porque o paciente está entubado, anestesiado, e quanto mais rápido melhor”, explica o médico Diogo Garcia.

O aposentado Mauro de Andrade achou que não voltaria a andar depois do acidente de moto que sofreu há seis meses, quando teve cinco costelas quebradas. Ele foi um dos primeiros pacientes do biomodelo.
Mauro ficou surpreso com o tempo da cirurgia, que foi mais rápida, e também com o pós-operatório. Ele é diabético, tem colesterol e pressão alta e achou que não fosse se recuperar tão bem: “Eu não senti no pós-operatório aquelas dores lancinantes que o pessoal costumava descrever”.
“Você tem uma redução do uso de material, tem uma redução do uso de sala de cirurgia, tem uma redução do tempo anestésico e isso deve causar uma redução no custo geral também. Acho que todo mundo acaba ganhando”, comemora Diogo.

Fonte: G1 – Jornal Hoje

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