Apesar de gafes,Dilma quer manter ministro
Publicado em 27/01/2016 • Notícias • Português
Apesar do desconforto com as declarações polêmicas do ministro da Saúde, Marcelo Castro, o Palácio do Planalto não pretende tirá-lo do cargo a curto prazo.
A orientação, agora, é que ele reformule as frases recentes —como a de que o Brasil perde “feio” a batalha contra o Aedes aegypti —e reforce o discurso de que todos devem se unir para eliminar o mosquito, que transmite dengue, zika e chikungunya.
O alívio temporário tem motivação política: Castro é considerado um bom articulador no Congresso a favor da presidente Dilma Rousseff.
A ideia inicial é mantê-lo no comando da pasta ao menos até o fim de fevereiro, quando será eleito o novo líder do PMDB na Câmara.Mas há, entre os auxiliares da presidente, quem diga que uma substituição só ocorrerá se algum erro grave for cometido.
Na área técnica, algumas autoridades afirmam que a gafe de dizer que o Brasil perde“feio”a guerra contra o Aedes colocou no colo do ministério a responsabilidade total pelo combate ao mosquito, questão que também compete a Estados e municípios.
Aliados do ministro, por sua vez, atacaram o Planalto e saíram em defesa de Castro.
“Estão com picuinha por frases do ministro. E o que querem com isso? Esconder incompetência”, afirma o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).
Fonte: Folha de S.Paulo