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Ministro da Saúde diz ser contra permitir aborto em casos de microcefalia

Publicado em 10/02/2016 • Notícias • Português

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou ontem, em Teresina, que o ministério seguirá o que determina a legislação brasileira, que não permite o aborto casos de microcefalia, má-formação do cérebro do bebê._x000D_
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“A posição do Ministério da Saúde é inequívoca, é a posição em defesa da lei. Somos agentes públicos e não podemos ter outra defesa que não seja a defesa estrita da lei. A legislação brasileira só permite aborto em três situações, que não inclui essa daí [microcefalia]”, afirmou o ministro, durante entrevista à TV Cidade Verde, no Piauí. A legislação brasileira permite o aborto em apenas três casos: gravidez resultante de estupro, quando há risco de morte para a mãe e de fetos com anencefalia._x000D_
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Na semana passada, a Organização das Nações Unidas (ONU) defendeu a descriminalização do aborto em meio à epidemia do vírus zika. Após a declaração da ONU, a Confederação Brasileira dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou uma nota criticando a proposta da ONU, considerada pela entidade um “total desrespeito à vida”._x000D_
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Castro afirmou que o ministério atua em parceria com o governo dos EUA para produzir uma vacina contra o zika, que deverá estar pronta em três anos._x000D_
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Ele pediu a mobilização da população para combater o mosquito Aedes aegypti. Citou a cidade de Água Branca, no interior do Piauí, como exemplo de combate ao mosquito. A população do município adotou um “selo verde” para casas sem foco do mosquito e um “selo vermelho” para residências nas quais foram encontradas larvas do Aedes._x000D_
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Nos dias 22 e 23, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) realiza, em Brasília, uma reunião para tratar do uso de técnicas nucleares para o controle de mosquitos, como parte das ações em resposta à epidemia._x000D_
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Segundo o diretor-geral da agência, Yukiya Amano, uma das medidas a serem discutidas é a adoção da chamada técnica do inseto estéril, um tipo de controle de peste que utiliza radiação ionizante para esterilizar insetos machos, produzidos em larga escala em instalações especiais._x000D_
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Segundo a AIEA, a estratégia tem sido utilizada com sucesso em todo o mundo há mais de 50 anos para o controle de diversos insetos que comprometem a agricultura._x000D_
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Durante o evento, em Brasília, especialistas de países como China, México, Suécia, Tailândia, Trinidad e Tobago, EUA e Brasil, além de técnicos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), vão desenvolver um roteiro para o controle, no curto e médio prazos, da população de Aedes aegypti na região. Até o momento, o vírus zika foi identificado em 23 países das Américas._x000D_
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Ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu prudência em relação às informações sobre uma suposta relação entre o vírus da zika e a morte de três pessoas na Colômbia com a síndrome de Guillain-Barré_x000D_
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“Tomamos conhecimento dessas mortes provocadas pela síndrome de Guillain-Barré. Foram registrados três casos. Mas queremos convidar à prudência sobre sua possível relação com o zika”, disse em Genebra o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier._x000D_
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Na semana passada, a Colômbia anunciou a morte de três pacientes que tinham o transtorno neurológico e que haviam entrado em contato com o zika. “Teríamos que ser prudentes e não misturá-los”, disse Lindmeier. Depois do Brasil, a Colômbia é o país mais afetado do mundo pelo vírus.

Fonte: Valor Econômico

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