OMS pede que mães que tiveram zika não cessem amamentação
Publicado em 26/02/2016 • Notícias • Português
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou ontem três documentos com diretrizes técnicas a serem seguidas por países para fortalecera resposta ao avanço da zika, de casos de microcefalia e do número de pacientes com a síndrome de GuillainBarré (SGB).
Dirigindo-se especificamente a profissionais de saúde e mães de bebês afetados pela má-formação, a entidade pediu que não se interrompa a amamentação mesmo em casos de infecção pelo vírus.
A organização ressaltou que, apesar de o vírus ter sido encontrado no leite materno de duas mães em pesquisas recentes, não foi comprovado o risco de transmissão e essa alimentação é de fundamental importância para o bebê. “A OMS recomenda que se inicie a amamentação com uma hora de vida e permaneça como alimentação exclusiva por seis meses. Esta recomendação permanece válida mesmo no atual contexto de transmissão do vírus zika”, informou o documento.
O relatório destacou ainda a necessidade de desenvolvimento de pesquisas futuras sobre a persistência do vírus no leite materno e a possibilidade de transmissão pela amamentação após incidência sintomática e assintomática do zika em mulheres lactantes.
Em outro relatório, a OMS foca nas orientações a profissionais de saúde que lidam com pacientes com a síndrome de GuillainBarré. A entidade recomendou que os especialistas da área devem ser treinados para reconhecimento, avaliação e gestão desses pacientes.
Circunferência. Também falando a médicos, a organização reforçou os parâmetros para diagnósticos de bebês com microcefalia.
Falou que a circunferência da cabeça deve ser mensurada usando técnica padronizada em até 24 horas após o nascimento e durante a primeira semana de vida. O Brasil usa o parâmetro de 32 centímetros para o diagnóstico.
Recém-nascidos com a circunferência cefálica menor que 30 centímetros, disse a organização, têm microcefalia severa e devem passar por exames de imagem para detecção de más formações do cérebro, com acompanhamento clínico durante a infância.
Fonte: O Estado de S.Paulo