Na saúde, objetivos não alcançados são reeditados
Publicado em 02/03/2016 • Notícias • Português
O Plano Estratégico 2017-2020 também reeditou outras metas que não foram cumpridas no atual governo.
Num dos índices da área da saúde que se refere a mortes da mãe em complicações do parto, os indicadores não atendem ao objetivo traçado desde a edição da primeira versão do documento, para o período de 2009-2012.
Naquela época, os dados adotados como referência eram de 62,2 óbitos a cada 100 mil partos (2007). No entanto, ao apresentar metas para 2020, o documento mostra que, em vez de cair conforme o planejado, o índice de mortes maternas subiu para 71,41 a cada 100 mil nascimentos. Para 2020, a proposta é fechar o ano com 55 óbitos a cada 100 mil partos. A prefeitura, por sua vez, argumentou mais uma vez que houve uma mudança de metodologia.
Isso porque o município passou a levar em conta todas as mortes maternas. Antes, segundo a SMS, apenas 16% das mortes de mulheres em idade fértil eram investigadas.
METAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA MUDAM As propostas para o Programa de Saúde da Família também mudaram. Na versão até 2016, a promessa era ter equipes que atendessem a 70% de “toda a cidade.” Hoje, a cobertura está em 50%, e a prefeitura afirma que chegará ao percentual até dezembro. Para 2020, a promessa mudou: a cobertura de 100% será garantida apenas nas regiões cujo índice de Desenvolvimento Humano (IDH) estejam abaixo ou atinjam apenas a média da cidade.
Outra proposta reeditada se refere à Ordem Pública. O compromisso é garantir pelo menos 3,3 mil agentes da Guarda Municipal nas ruas diariamente já em 2017. Atualmente, são 2.850.
No entanto, o Plano Estratégico 20132016 previa que esse número já deveria ter sido atingido em 2014.
A promessa de dotar 100% da frota de ônibus com ar-condicionado, que deveria ter sido cumprida até 2016, também foi reeditada. O objetivo agora é concluir a climatização da frota até 2017. E com acessibilidade para todos.
Mas sumiu da nova versão outras promessas para modernizar o sistema. No plano proposto para o período de 20132016, havia a previsão de que todos os coletivos teriam “motor traseiro e combustível verde” Entre as novidades propostas, está a criação de uma Autoridade Metropolitana para cuidar do planejamento da despoluição da Baía de Guanabara, dando agilidade à tomada de decisões.
O secretário executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, argumentou que nem sempre é possível cumprir tudo o que é proposto porque o governo partiu do princípio de que as metas deveriam ser ambiciosas: — A gente estabelece uma performance elevada para superar desafios.
Não havia sentido ter um plano com propostas de fácil execução — disse.
Fonte: O Globo