Fé move montanhas, diz ministro sobre efeito da pílula contra o câncer
Publicado em 24/05/2016 • Notícias • Português
O novo ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), não se acanhou em dar sua primeira declaração polêmica no dia em que assumiu efetivamente o comando da pasta. A frase controversa veio no comentário sobre a liberação da pílula contra o câncer, medida aprovada pelo Congresso Nacional, sancionada pela Presidência da República, mas contestada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados
Barros considera que, na pior das hipóteses, a comprimido terá um efeito placebo. E, então, comentou: “Se não tem essa efetividade, mas as pessoas acreditam que tem… a fé move montanhas”, afirmou o ministro à imprensa na sede do Ministério da Saúde.
Em outro momento da entrevista, Barros ressaltou que o ministério tem a preocupação de que a pílula não cause risco à saúde das pessoas. “Cabe a Anvisa tomar todas as providências para que isso não cause mal à população. Essa é a diretriz que está sendo adotada”, afirmou.
Dar declarações polêmicas era prática recorrente do antecessor de Barros no posto de comando na Saúde, o ex-ministro Marcelo Castro (PMDB-PI). Este chegou a dizer que o certo seria “torcer para que as mulheres peguem a zika antes da idade fértil, aí ficariam imunizadas pelo próprio mosquito”. Isso foi dito, no ano passado, em plena situação de alerta sobre o aumento dos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Fonte: Valor Econômico