Volta da CPMF não é viável agora, diz secretário
Publicado em 07/07/2016 • Notícias • Português
O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda,Mansueto Almeida, disse que a volta da CPMF cheia, de 0,38%, a desvinculação de benefícios previdenciários e a reoneração imediatada folha salarial não são medidas viáveis no momento. Para ele, o governo já está fazendo sua parte no esforço fiscal.
“Debate fiscal está confuso e as sugestões de alguns para melhorar meta do primário não têm viabilidade política porque população não quer”, afirmou Mansueto em sua conta no Twitter.
O governo promete definir nesta semana a revisão do deficit do próximo ano. Na segunda-feira (4),o presidente interino, Michel Temer, disse que poderá adotar “medidas impopulares”para equilibrar as contas públicas, mas não detalhou quais seriam.
Diante da percepção de muitos agentes de que o governo não estaria sendo suficientemente austero na definição da meta de 2018, Mansueto defendeu que o Executivo está sim fazendo sua parte após ter anunciado uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para limitar o crescimento dos gastos públicos à inflação do ano anterior.
“Pela regra da PEC, se anos consecutivos de quedas sucessivas da despesa (como percentual do PIB) não for ajuste fiscal severo não sei o que é”, afirmou, após destacar que a aprovação da proposta garantirá um recuo nas despesas primárias de pelo menos 0,5 ponto percentual do PIB para 2017 e 2018.
impacto dos reajustes Os recentes reajustes dados pelo governo a servidores aumentarão a folha de pagamentos da União em 8,2% até 2018, diz o ministro interino do Planejamento,Dyogo Oliveira. Ele afirma que, neste período, os reajustes consumirão R$ 68,7 bilhões —o valor atualizado é R$1 bilhão a mais do que o governo previa. O impacto para este ano é de R$ 6 bilhões.
Fonte: Folha de São Paulo