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Doente? Procure o doutor Google

Publicado em 19/07/2016 • Notícias • Português

O advento da internet trouxe uma série de novos hábitos, entre eles o de checar os primeiros sintomas de uma possível doença para tentar um diagnóstico antes mesmo da consulta médica. Um hábito pouco recomendável, certamente, mas bastante difundido. O problema vai além do auto-diagnóstico, principalmente quando fica complicado saber quais dos sites consultados são confiáveis. É isso o que o Google pretende resolver ao oferecer u m d i agnóstico confiável com base nos sintomas digitados na sua ferramenta de buscas.

De acordo com a empresa, aproximadamente 1% das buscas está ligado a possíveis sintomas de doenças. Considerando-se cerca de 50 mil buscas por segundo, são 500 pessoas a cada momento à procura de u ma explicação para seus males. O Google cita o exemplo da busca de interpretação para a “dor de cabeça de um lado só”. A página encontrada apresenta diferentes condições possíveis relacionadas ao desconforto e tenta estabelecer se é uma simples dor de cabeça, enxaqueca ou resfriado.

Além disso, os resultados também apontarão possíveis alternativas para uma solução imediata, além de sugerir a procura de um médico se o sistema julgar que os sintomas exigem muito mais que a prescrição de um analgésico. No caso da sugestão de alternativas para a automedicação parecer temerária, convém saber que os resultados da busca são fruto de uma colaboração entre médicos da Clínica Mayo e da Universidade de Harvard, que disponibilizaram uma base de dados com sintomas verificados em consultas. O sistema recebe os resultados já oferecidos normalmente, mas confronta a sintomatologia apresentada com o sugerido pela base de dados e só depois oferece os novos resultados “qualificados”.

O procedimento, segundo o Google, evita erros, mas não substitui uma consulta médica e uma checagem da condição física do usuário por um especialista. Esses novos resultados devem começar a aparecer primeiro em inglês e depois em outras línguas nos próximos meses. A ideia é aumentar a quantidade de sintomas disponíveis na base de dados.

Fonte: Carta Capital

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