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Governo atua para manter médicos cubanos

Publicado em 22/07/2016 • Notícias • Português

-BRASÍLIA- O ministro da Saúde, Ricardo Barros, quer manter no Brasil os profissionais cubanos que participam do programa Mais Médicos e cujos contratos vencem nos próximos meses. Barros disse ao GLOBO que é preciso aproveitar o entrosamento desses profissionais, que estão há três anos no país, com as comunidades onde atuam.
O ministro disse considerar justo o reajuste pleiteado pelo governo cubano, mas não informou qual percentual será concedido. Dos R$ 10.513 pagos hoje por cada um dos 11.400 médicos vindos de Cuba, o governo daquele país fica com a maior parte do dinheiro.
Neste ano termina o contrato de três anos de parte dos médicos cubanos. Segundo Barros, o Brasil negocia com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a possibilidade de renovação desse contrato.
Em reunião semana passada no Brasil, a vice-ministra de Saúde Pública de Cuba, Marcia Cobas Ruiz, disse que o contrato deles não seria renovado. Mas, segundo autoridades brasileiras presentes, ela afirmou que viriam outros profissionais para substituí-los. O Ministério da Saúde prefere a permanência de quem já está no país.
— A lei brasileira não permitia a permanência por mais de três anos desses bolsistas, e a medida provisória passou a autorizar. Também da parte deles (governantes cubanos) não havia a autorização para ficar mais tempo. Mas, agora, estão estudando a probabilidade de deixar ficar quem quiser ficar no Brasil. Para nós é melhor, porque o médico já está entrosado com a comunidade. A partir de novembro, serão substituídos os médicos que desejarem voltar para Cuba — disse o ministro.
Uma medida provisória assinada pela presidente afastada, Dilma Rousseff, autoriza a prorrogação, por até três anos, dos contratos de profissionais estrangeiros no Mais Médicos. Diante da resistência de Cuba, o governo brasileiro pediu à Opas, que organiza o convênio entre as duas nações, para que Havana autorize a permanência dos médicos que desejarem ficar. Segundo o ministro, 3,5 mil contratos de médicos cubanos vencem em novembro

Fonte: O Globo

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