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Aplicativos colocam terapia e plantão hospitalar no celular

Publicado em 25/07/2016 • Notícias • Português

Conhecedores das lacunas na saúde, médicos têm se aventurado pelo empreendedorismo no setor. A área é promissora. Uma pesquisa feita em 2015 pela Fundacity, empresa que reúne cem fundos de capital, investidores-anjo e aceleradoras, mostrou que 77% tinham a intenção de investir em projetos nesse segmento.

Especializado em tratar timidez extrema e fobias sociais, o psiquiatra José Hamilton sempre se perguntou por que os pacientes demoravam, em média, dez anos entre perceber os primeiros sintomas e procurar ajuda.

Ele desenvolveu então um aplicativo que ajuda o usuário a descobrir se sua timidez ou ansiedade é um problema que requer tratamento.

O Youper é baseado em protocolos científicos. Na primeira etapa, gratuita, o interessado faz uma espécie de autoavaliação com questões sobre seu nível de ansiedade e de vergonha em diversas situações do dia a dia.

O segundo passo, disponível para quem paga assinatura mensal de R$ 79, inclui a terapia digital. São técnicas baseadas em terapia cognitiva e comportamental.

“Não se trata de autoajuda, já que a ferramenta é personalizada e tem o objetivo de ajudar o paciente a superar fobias”, diz Hamilton.

O psiquiatra afirma ainda que a ideia do Youper, que tem 5.000 usuários, não é substituir o psiquiatra ou os medicamentos, mas sim atuar como coadjuvante dos tratamentos convencionais.

“Nos próximos anos, a terapia digital será algo comum”, diz Hamilton, que não revela seu faturamento.

O médico Josenilson Oliveira gerenciou equipes de pronto socorro de hospitais por mais de 14 anos e se sentia incomodado com o fato das escalas serem feitas da mesma forma há decadas, muitas vezes em folha de papel.

Ele investiu R$ 400 mil para criar o iPlantão, software que organiza os horários dos plantonistas, em parceria com um amigo da área de tecnologia de informação.

A licença da plataforma, que traz também uma lista de contatos de profissionais de saúde, custa entre
R$ 2.000 e R$ 3.000 por mês.

Pouco mais de dois anos após sua criação, o sistema está em 112 unidades de saúde da Prefeitura de Campinas (SP) e cinco empresas da área hospitalar.

QUALIDADE

Para o empresário Eliezer Dias, a inspiração para empreender na área de saúde veio de um caso de doença.

O carro-chefe da Coloff, empresa de produtos médico-hospitalares, é um revestimento para assento sanitário acoplado a um coletor de fezes e urina para exames.

A ideia veio quando a mãe de sua sócia, Carolina Fagundes, precisou coletar material para diagnosticar um câncer colorretal. “Havia no mercado apenas potinhos, então veio a ideia de desenvolver algo mais higiênico e confortável”, conta Dias, que investiu cerca de R$ 100 mil.

O produto foi patenteado em 2009. Desde então, foi comprado por grandes hospitais, como o Albert Einstein, está em redes de farmácias e é exportado para EUA, Austrália e Nova Zelândia.

Fonte: Folha de São Paulo online

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