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Arrecadação garante modelo hospitalar no PR

Publicado em 01/08/2016 • Notícias • Português

No Estado do Paraná, um complexo hospitalar pediátrico centenário soma 311 mil atendimentos ambulatoriais por ano e absorve 24 mil pacientes necessitando de internação. Mais: dotado de 370 leitos – 62 de UTI -, realiza anualmente 20 mil grandes cirurgias, das quais 15% de alta complexidade. Destinando 63% da sua capacidade para crianças e jovens atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), recebe em troca o equivalente a 29% da sua receita.

Referência em 32 especialidades – cardiologia, nefrologia, oncologia e outras -, o Hospital Pequeno Príncipe tem vasta tradição na arte de arrecadar fundos. Além de se especializar em transplantes de rins e medula óssea, aprofundou-se no ofício de incentivar doações e promover eventos filantrópicos. “Uma das primeiras sementes da solidariedade foi plantada ainda nos anos de 1920”, segundo o diretor corporativo José Álvaro Carneiro, “quando empresários da Associação Comercial do Paraná, entre os quais o conde Matarazzo, criaram o Dia da Caridade, com o objetivo de levantar verba para a sua construção”.

Hoje, em torno do hospital gravitam também o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, criado em 2005, e as Faculdades Pequeno Príncipe. Na unidade de pesquisa, 16 cientistas estão debruçados sobre cem estudos, em sete linhas de investigação. No campus universitário, são oferecidos cursos de graduação, especialização, mestrado, doutorado e residência, entre outros.

À frente dessa composição azeitada estão uma locomotiva – a ONG Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro, surgida nos anos 50 com o propósito de formatar meios de captação de recursos para assistência – e um leque de 30 projetos de contribuição.

O principal deles, conta José Álvaro Carneiro, é a renúncia fiscal para pessoas físicas (6%) e jurídicas (1%), por meio do Fundo da Infância e Adolescência, da Lei Rouanet e outras parcerias. No ano passado foram arrecadados R$ 35 milhões através da modalidade, sendo R$ 32 milhões destinados ao hospital e ao instituto de pesquisa.

Outra forma de captação são os jantares de gala Pequeno Príncipe. Promovidos anualmente em cidades tão distantes como Nova York, Dublin ou Rio de Janeiro para um grupo cativo de 350 pessoas, contam com a presença do padrinho da causa, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, além de eminências da gastronomia – Paul Bocuse, Alex Atala, Claude Troisgros e outros chefes, responsáveis pelo cardápio – e embaixadoras da causa: as empresárias Luíza Trajano, Sônia Herz, Daniele Giacomazzi Behring, Belinda Badcock Brito e Amália Spinardi Thompson. No ano passado, o Gala Pequeno Príncipe arrecadou R$ 3.641.497,10 e este ano pretende levantar R$ 1,700 milhão. Colaborações também são feitas pelo site da instituição.

Fonte: Valor Econômico

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