Médicos negam terem cometido irregularidades
Publicado em 13/09/2016 • Notícias • Português
Os médicos do Albert Einstein agora investigados pela polícia de São Paulo por suposta ligação com fornecedora do hospital negam terem cometido irregularidades.
O médico Fábio Sandoli BritoJúnior disse à Folha que isso se tratava de um “assunto antigo” já esclarecido com a direção do hospital. “Não tenho absolutamente nada a ver com isso. Nunca recebi nada [de fornecedor].” Ele não explicou, porém, por que seu nome deixou de constar desde junho como um dos chefes do Centro de Intervenção Cardiovascular.
“Continuo trabalhando no Einstein todos os dias. Fazendo angioplastia, cateterismo.
Continuo normalmente trabalhando lá”, disse.
Uma pessoa que disse ser a mulher de Brito Júnior telefonou em seguida à Folha e pediu informações sobre em qual distrito policial de São Paulo a representação do Einstein tinha sido apresentada pelo hospital.
ex-gerente O ex-gerente do Centro de Intervenção Cardiovascular, Marco Antonio Perin,foi procurado pela reportagem,mas não comentou o assunto até a conclusão desta edição.
Um assessor de imprensa contratado pela defesa do médico entrou em contato com a Folha e solicitou mais informações sobre o caso.
Essa mesma assessoria informou que o médico tinha conhecimento do problema com o hospital, mas desconhecia que havia sido protocolada uma representação contra ele na Polícia Civil.
O médico, segundo representação do Einstein,já tinha sido ouvido pela própria polícia em junho.
Na ocasião, como testemunha, foi questionado apenas sobre se conhecia algum fato envolvendo esquema com fornecedores.
Naquela oportunidade, ao entrar em contato com a cúpula do hospital, Perin foi informado sobre a investigação interna que detectara mensagens trocadas entre ele e representantes da empresa fornecedora.
sindicância A diretora da CIC Cardiovascular, Fátima Martins,não foi localizada na sede da empresa na tarde desta segunda-feira (12) para comentar as suspeitas investigadas pela polícia de São Paulo.
De acordo com a funcionária Jane Severiana,Fátima estaria num congresso fora da capital e apenas ela poderia falar em nome da empresa.
Essa funcionária informou que entraria em contato com a diretora,para informar a ela o teor da reportagem. Nenhuma delas,porém,ligou de volta para o jornal até a noite desta segunda-feira.
Também procurada para comentar a apuração interna e o afastamento dos médicos, a direção do hospital não se manifestou sobre o tema.
Em junho, quando foi procurado pela reportagem para falar sobre este assunto, o hospital também não quis se manifestar. Uma sindicância interna ainda está em andamento para apurar a participação de outros funcionários do hospital.
Fonte: Folha de São Paulo