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Reforma Tributária e as opções do momento

Publicado em 17/09/2020 • Notícias • Português

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Reforma Tributária é um dos assuntos que deverão movimentar o país nos próximos_x000D_
meses.  Será motivo de debates e_x000D_
definições que refletirão no futuro de todos. O setor da saúde, responsável por_x000D_
0,6% do PIB e pelo emprego de 140 mil trabalhadores diretos em todos os níveis_x000D_
de atividade de alta qualificação, vive essa a expectativa que, certamente acarretará_x000D_
grande impacto nos negócios. O investimento total na área da saúde no Brasil,_x000D_
varia na faixa dos 9 a 9,5% do PIB, patamar compatível com diversos países_x000D_
ocidentais. Porém, esses números tendem a crescer o que exigirá maior investimento_x000D_
no setor.

Os_x000D_
motivos para essas previsões de aumento progressivo nos próximos 10 ou 15 anos_x000D_
estão no aumento populacional, na extensão da longevidade de vida e no crescimento_x000D_
da incidência de doenças degenerativas e crônicas. Essas questões inflacionarão_x000D_
a demanda por serviços de saúde e irão acarretar a elevação dos preços para os_x000D_
tratamentos.

Em_x000D_
uma análise simples, as projeções citadas apontam para níveis de investimento_x000D_
em Saúde na faixa dos 25 a 30% sobre o PIB, de forma a acomodar todos esses_x000D_
fatores. Mas observem que essas projeções foram elaboradas a partir das_x000D_
condições tributárias e fiscais vigentes hoje.

Há,_x000D_
no momento três propostas de Reforma Tributária. A PEC 45, proposta pela Câmara_x000D_
de Deputados, que elimina pura e simplesmente todo e qualquer benefício_x000D_
tributário e fiscal hoje existentes sob quaisquer rubricas; a PEC 110, do_x000D_
Senado, faz referência tão somente ao mercado de medicamentos, alijando assim toda_x000D_
a complexa e extensa cadeia produtiva do setor de saúde, especificamente a de_x000D_
dispositivos e equipamentos médicos e seus serviços agregados.

Neste_x000D_
ano, o Executivo apresentou a PL 3887-2020, que faz menção para que as compras_x000D_
efetuadas pelo Sistema Público – SUS , teriam tratamento tributário_x000D_
diferenciado, como se ao assim proceder, a oneração sobre o setor privado não_x000D_
gerasse reflexos negativos no total da conta da saúde, uma vez que ao onerar o_x000D_
setor privado, se potencializa o risco de mais pessoas e empresas perderem a_x000D_
capacidade de manter seus planos de saúde, gerando potencialmente, a partir daí,_x000D_
um aumento da demanda sobre o próprio SUS, o qual pela vigência da Lei de Teto_x000D_
de Gastos, veria seu orçamento mais e mais comprometido quanto a capacidade de_x000D_
novos investimentos e, talvez até mesmo a de atender um fluxo maior de_x000D_
pacientes.

Tais_x000D_
propostas e como elas estão deverão aumentar a carga tributária de 12 a 25_x000D_
pontos. Sem falar que deverá ser agregada as onerações causadas na alteração do_x000D_
Convênio ICMB 01/99. Não se pode ignorar também o fato que para cada real  que onere o mercado, o custo da saúde pública_x000D_
teria um aumento três vezes maior, proporcionando perda para todos os_x000D_
segmentos.

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A_x000D_
reforma tributária para o setor de saúde deve levar em consideração a_x000D_
importância de sua extensa cadeia produtiva, geradora de riqueza e renda para o_x000D_
país. Isso acontece através da manutenção e _x000D_
geração de empregos qualificados, pela necessidade de manter, expandir e_x000D_
modernizar nosso parque produtivo nacional, sem discriminação da origem de_x000D_
capital de tal forma a que o país se insira definitivamente nas grandes e ainda_x000D_
mais complexas cadeias internacionais de abastecimento do setor.  

Fonte: ABIMED

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