Iniciativas ESG de organizações de Saúde e o que elas trazem de benefícios para as instituições e seus públicos-alvo
Publicado em 13/05/2022 • Notícias • Português
Sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança corporativa são os elementos que fazem parte do ESG – sigla que vem do inglês Environmental, Social and Governance. Há décadas são temas trabalhados por várias empresas, mas recentemente ganharam maior importância como parte da estrutura organizacional, orientando as práticas empresariais, inclusive como vetor de investimento e de estratégia de negócios.
Uma organização de Saúde que tenha implantado o ESG gera, automaticamente, benefícios para a sociedade ao reduzir o impacto ambiental. As práticas de ESG aproximam mais uma empresa de seus clientes, considerando cada vez mais a preocupação destes com direitos humanos, diversidade, eficiência energética, redução de custos e aumento da eficiência. Praticar o ESG também aprimora a relação com a comunidade, aumenta o número de pessoas atendidas e melhora a qualidade de vida dos pacientes.
Da porta para fora, a democratização do acesso à saúde é um tema de maior relevância, mas mesmo ações internas que são “invisíveis” aos usuários resultam em benefícios, tais como a cadeia de suprimentos e fornecedores com comprometimento ambientalmente sustentável, metas de redução de emissão de CO2, valorização do material humano interno à corporação, ética e combate à corrupção. São medidas que resultam na melhor qualidade de produtos ou serviços oferecidos aos públicos-alvo de instituições de Saúde. Ações como otimização de consumo de água, redução de geração de resíduos ou melhor destinação destes precisam ir além do comprometimento imposto por normas governamentais: no ESG, esse empenho tem de ser ainda maior e as iniciativas precisam ser, em primeira instância, da empresa. É preciso um olhar criativo em todo esse processo, como por exemplo reciclar isopor e películas de raios-X, algo que parece ser uma medida pequena, mas no ESG toda iniciativa é válida e traz novas ideias.
Há muitas práticas de ESG que podem ser adotadas e que, não necessariamente, estejam relacionadas apenas ao escopo de atuação de uma organização de saúde. Ações em benefício à comunidade, tais como combate às desigualdades raciais, sociais, e de gênero, soluções para falta de moradia, educação básica em saúde para moradores e trabalhadores das regiões próximas à instituição – esses são exemplos reais que já foram colocados em prática por algumas organizações de saúde para atender ao S (Social) do ESG. Estas ações devem ser vistas como a criação de um capital social – e aqui não estamos falando do valor do patrimônio de uma empresa e sim de relações de valor com a comunidade, a fim de oferecer outros benefícios, tangíveis ou intangíveis. Nem sempre os resultados dessas ações são mensuráveis, mas eles existem.
A tecnologia é um importante aliado na aplicação de práticas de ESG, como no uso de fontes de energia alternativas para geração de eletricidade, e este é mais um pequeno exemplo. Cada organização precisa desenvolver um olhar sobre como a tecnologia pode melhorar sua eficiência de modo a beneficiar seu público-alvo. “Pensar fora da caixa” é essencial para saber onde investir os melhores esforços, recursos e equipamentos de maneira pontual e focada no bem-estar, na segurança e na saúde da comunidade.
Investir em ESG não se trata de uma corrida para tentar ser melhor que seu concorrente. Os resultados não são instantâneos e a meta principal não deve ser a melhora da imagem corporativa. Esta virá com o tempo e de maneira orgânica, agregando o devido e merecido valor como resultado do interesse autêntico por se buscar o melhor para as pessoas que se relacionam com as organizações, sejam seus consumidores ou não.
Fonte: ABIMED