A importância dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ligados à saúde
Publicado em 18/09/2023 • Notícias • Português
Em 2015, a Organização das Nações Unidas determinou 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para que o mundo se torne mais justo e igualitário para todos. Entre os objetivos, o ODS 3 prevê a “Garantia do acesso à saúde de qualidade e promoção do bem-estar para todas as idades”, garantindo assim o desenvolvimento sustentável. Abrange os principais temas da área, incluindo saúde reprodutiva, doenças infecciosas, saúde mental, cobertura universal de saúde e saúde ambiental.
Merece destaque a redução da taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos; eliminação das mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de cinco anos; conquista da cobertura universal de saúde, incluindo o acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis; e aumento do financiamento voltado para o setor e o recrutamento, desenvolvimento e formação do pessoal de saúde, especialmente nos países em desenvolvimento.
Vale lembrar que a ABIMED é signatária do Pacto Global da ONU porque “entende que tem um papel relevante a desempenhar em questões de alto impacto na vida das pessoas”, como definiu o presidente Fernando Silveira, no evento promovido pela entidade no final de 2022, em que uma dos palestrantes foi Flávia Vianna, gerente da Plataforma Saúde do Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas). Ela gerencia iniciativas relacionadas ao ODS 3 e o Movimento Mente em Foco, voltado para a saúde mental. O Pacto é hoje a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa no mundo, com mais de 15 mil empresas espalhadas por 164 países. “O Brasil detém a terceira maior rede”, assinalou Flávia.
As soluções em tecnologia têm um papel importante para o País cumprir suas metas diante do ODS 3. Entre a população de baixa renda, por exemplo, a tecnologia é uma forte aliada, permitindo que fornecedores de serviços de saúde alcancem os pacientes por meios de algoritmos de geolocalização e serviços de entrega. Diminuindo a distância, os produtos e serviços de saúde podem chegar mais facilmente a quem realmente precisa.
O autocuidado é outra prática que pode ser auxiliada pelas soluções em tecnologia. Disponibilizar informação de qualidade pode ampliar a conscientização das pessoas. O atendimento a pacientes de enfermidades crônicas ou especiais também pode ser facilitado pela tecnologia, desafogando o sistema e evitando a deterioração da saúde. A telemedicina, que foi amplamente utilizada durante a pandemia, já mostrou que veio para ficar e tem contribuído para democratizar o acesso aos serviços.
E não se trata apenas da saúde suplementar. No Sistema Único de Saúde (SUS), a criação do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) permite a obtenção e análise dos dados de forma mais ágil e segura. O atendimento se torna mais humanizado, à medida que o agendamento de consultas e exames on-line diminui o tempo de espera e auxilia na organização do fluxo de pacientes.
Quando se olha o cenário à frente, visando cumprir o ODS 3, o caminho para o Brasil ainda é longo e permeado por desafios, mas, certamente, as inovações tecnológicas disponibilizadas pelo mercado se tornam parte essencial da solução. “O que nos motiva diariamente é mudar o Brasil, mesmo com todos os desafios que temos”, como afirmou Flávia, “sem deixar ninguém para trás”.