A pauta ESG nas organizações de saúde
Publicado em 16/08/2023 • Notícias • Português
Como as organizações de saúde estão implementando suas políticas de ESG? Este foi o questionamento que serviu de base para um amplo estudo do Health Research Institute (HRI), da consultoria PwC, que analisou as iniciativas ambientais, sociais e de governança de 45 sistemas de saúde e seguradoras e 32 empresas farmacêuticas e de biociências. Uma das conclusões é que o pilar social está sempre presente no foco de atenção das organizações, mas elas podem ampliar a agenda ESG incluindo ações ambientais e de governança.
No quesito ambiental, muitas operadoras, seguradoras e hospitais vêm buscando alternativas sustentáveis para suas instalações, como a liderança em energia e design ambiental (LEED, em inglês). Outras estão avançando ao repensar formas para reduzir o impacto ambiental de insumos descartados na operação.
O estudo constatou que, no pilar da governança, estão as maiores chances para o crescimento das ações ESG, pois não bastam relatórios de sustentabilidade. Organizações realmente transparentes divulgam, por exemplo, a estrutura de seus conselhos e suas políticas para prevenção a fraudes e violações éticas. Uma estratégia consistente de governança pode minimizar os riscos nesse tema e proteger a marca da empresa.
Na área social, várias organizações têm iniciativas voltadas para garantir uma comunicação cada vez mais transparente e o aprimoramento de programas que garantam a diversidade e a inclusão entre seu time de colaboradores. Mas aqui também há espaço para mais ações, mais consistentes. Das lideranças entrevistadas, 58% disseram que esperam aumentar o treinamento em diversidade e inclusão e 52% pretendem ampliar a divulgação sobre o tema nos próximos meses.
A pesquisa chama atenção para o fato de que prestadores de serviço, operadoras e seguradoras de saúde tem amplas oportunidades de desenvolver esforços ESG relevantes em todo o negócio, não apenas em seus comunicados à imprensa. Tais medidas precisam estar alinhadas com a missão geral de melhorar a saúde da população. Os fatores ESG não podem ser vistos como uma pauta impositiva, mas sim como parte da responsabilidade corporativa na construção de uma consciência coletiva mais sustentável. As organizações podem – e devem – se diferenciar por meio de estratégias ESG que a tornam mais interessante para os clientes, colaboradores, investidores e analistas.