A revolucionária Inteligência Artificial Generativa
Publicado em 13/07/2023 • Notícias • Português
A cada dia, um novo uso da Inteligência Artificial surpreende-nos e causa polêmica, como foi o comercial da Volkswagen, que “colocou” lado a lado a cantora Elis Regina e sua filha, Maria Rita, para anunciar que “o novo vem de novo”. Mas os saltos que estamos testemunhando hoje devem-se à Inteligência Artificial Generativa, uma categoria de modelos e ferramentas de IA projetadas para criar novos conteúdos. Diferente da IA discriminativa – que se concentra em classificar ou prever informações com base nos dados de entrada, a generativa foi projetada para criar e gerar novos conteúdos ou informações.
Para isso, usa vários processos – incluindo redes neurais e algoritmos de aprendizado profundo (Deep Learning), que identifica padrões e gera novos resultados. Pode se dizer que a IA generativa é uma derivação da IA discriminativa, capaz de criar o novo, aprendendo com os dados fornecidos, mas gerando resultados inéditos. Sua construção permite ir além do aprendizado convencional, o que possibilita uma evolução constante, por conta própria, sem necessidade de programação humana. Um exemplo deste modelo está alcançando muitos usuários rapidamente: o GPT-4 da OpenAI (utilizado no ChatGPT).
A IA generativa está revolucionando a criação de conteúdos, como textos, imagens, vídeos, músicas e códigos. Na área da saúde, já são vários benefícios da utilização da ferramenta. Na indústria farmacêutica, vem impulsionando avanços significativos na descoberta e no desenvolvimento de medicamentos. Também na precisão dos diagnósticos e na elaboração de terapias personalizadas ao paciente, a IA generativa mostra-se como uma interessante aliada. Nos hospitais, ela possibilita a otimização de recursos, aumentando o nível de eficiência das farmácias das instituições na prescrição médica, evitando erros, duplicidade ou alterações das dosagens, aumentando a segurança para os pacientes.
É impossível prever até onde a IA generativa vai chegar, mas com a necessária regulamentação – que já começa a ser discutida – e a observância de padrões éticos, o setor da saúde certamente encontrará novas possibilidades de uso a cada dia, beneficiando pacientes e os vários stakeholders.