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A saúde corporativa diante de incertezas

Publicado em 08/06/2016 • Notícias • Português

O papel do setor de saúde privada no Brasil é de extrema importância. De forma geral, se gasta mais de 10% do PIB com saúde e quem fica com a maior parcela dessa conta é o setor privado, que banca R$ 6 a cada investidos na área. Estima-se que hoje o sistema de saúde suplementar atenda perto de 50 milhões, ou 24,5% da população do País.

Quando vamos para a saúde corporativa, os números são mais impactantes. Ela pode representar até 11% da folha de pagamento, o que a coloca como o 2º maior custo dentro de uma grande empresa, ficando atrás só da folha de pagamento.Um custo que nunca regride, só aumenta. Isso porque a variação dos custos médicos e hospitalares (VCMH), calculado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) sobe anualmente na casa dos dois dígitos, em proporções maiores do que a inflação, por exemplo. Em 2014, a saúde suplementar no Brasil ficou 16,5% mais cara. O último dado de 2015 foi o reajuste de cerca de 18,5%. Assim, o maior desafio atual da saúde privada no Brasil é o modelo de negócios. O pagamento por volume ficou obsoleto depois do fim da era da alta inflação. E as operadoras e o setor como um todo ainda não encontraram uma nova maneira de atuação que atenda a nova realidade econômica. Até hoje as grandes operadoras vendem a reputação da sua rede própria credenciada, quando, na verdade, deveriam olhar para a necessidade de se retomar no Brasil o atendimento de 1º nível, o que contribuiria com uma queda nos custos de saúde, uma vez que hospitalização e desperdício são dois fatores chave para o encarecimento da saúde. Do ponto de vista das empresas, é hora de despertar para novas opções, como o pós-pagamento, que permite a correta gestão dos recursos, ao invés do pré-pagamento, que faz com que a empresa, de partida, esteja perdendo capital ao partir de um spread de 25%. Em País que sofre com retração, como é a situação atual do Brasil, isso não pode existir. É preciso melhorar a eficiência de qualquer recurso dentro dos negócios e a saúde, sem dúvida, tem potencial para ser um fator competitivo.

Para reverter essa situação e incluir a estratégia no dia-a-dia do segmento, a saída está adotar soluções tecnológicas que integrem dados e os analise, transformando-os em informações úteis.

Fonte: DCI – Diário do Comércio e da Indústria

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