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ABIMED participa de Fórum sobre acessibilidade à medicina minimamente invasiva

Publicado em 24/10/2023 • Notícias • Português

Evento organizado pela SOBRICE apresentou diferentes perspectivas para o debate sobre inclusão de prática médica nas rotinas hospitalares

No dia 20 de outubro, a ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde participou do Fórum de Acessibilidade à Medicina Minimamente Invasiva, evento organizado pela SOBRICE – Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular, no Centro de Exposições Rebouças, na capital paulista.

O evento contou com a participação dos diversos atores do setor radiológico: médicos, pacientes, ANS, gestores e indústria. Entre os convidados estavam Alexandre Fioranelli, diretor da DIPRO/ANS; Denis Szejnfeld, radiologista intervencionista; Helena Esteves, representante dos pacientes oncológicos; Luiz Francisco Cardoso, gestor do Hospital Sírio-Libanês; e Felipe Carvalho, diretor regional de Brasília da ABIMED. A moderação foi de Miyuki Goto, da AMB – Associação Médica Brasileira.

A discussão girou em torno do principal problema da radiologia intervencionista: a falta de conhecimento, tanto por parte dos pacientes, quanto dos profissionais da área da saúde. Segundo Denis Szejnfeld, a radiologia intervencionista está presente no auxílio de diversas especialidades, como a urologia, a gastroenterologia e diversas outras, “mas muitas vezes eles não sabem do trabalho que realizamos. Às vezes, nem o próprio gestor sabe das nossas competências. Muitos locais tratam o radiologista intervencionista apenas como operador do equipamento de imagem e o sistema não nos permite preencher os prontuários dos pacientes”, explicou.

Para Helena Esteves, representante dos pacientes oncológicos, o primeiro passo é os pacientes conhecerem realmente o radiologista intervencionista. Em seguida, debater o modelo de sistema e discutir como aprimorar a saúde suplementar e as linhas de cuidado. “Sabemos que a tecnologia evolui e os custos, consequentemente, aumentam, mas há tratamentos que oferecem mais chance de vida para os pacientes e precisamos chegar a um modelo que seja sustentável e benéfico pra todos os lados, mas principalmente para o paciente”, disse ao defender o radiologista intervencionista como parte do processo de diagnóstico da oncologia.

Alexandre Fioranelli, diretor da DIPRO/ANS, seguiu a mesma linha. Para ele, a saúde suplementar apresenta desafios relacionados ao alto custo da evolução tecnológica, envelhecimento da população, alta sinistralidade, falta de dados sobre o perfil da população, baixo investimento em prevenção e falta de coordenação do cuidado ao paciente.

Na avaliação de Luiz Francisco Cardoso, gestou do Hospital Sírio-Libanês, “é preciso integrar o radiologista intervencionista no desenvolvimento e treinamento das equipes multidisciplinares, de forma que as equipes se mantenham atualizadas e produzindo resultados”, explicou.

Já Felipe Carvalho, da ABIMED, finalizou o evento lembrando a defasagem tecnológica do país, de cerca de 8 anos em comparação com outros países, em uma área na qual o desenvolvimento tecnológico acontece em ciclos entre 18 e 24 meses. “Temos muitos gargalos na saúde coletiva quando pensamos em ampliar o acesso. O cobertor é curto e a demanda social é crescente. A indústria busca melhorar as tecnologias olhando da perspectiva de sistema e precisamos racionalizar, mas racionalizar não é limitar, é analisar custos e desfechos e definir a melhor rota a ser traçada”, concluiu.

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