Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Anvisa aprova 1ª vacina contra dengue, mas preço de venda ainda trava uso

Publicado em 04/01/2016 • Notícias • Português

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem a primeira vacina contra dengue no País, desenvolvida pela Sanofi Aventis. O produto, que oferece proteção média de 65%, não estará imediatamente disponível aos consumidores.
Para que seja ofertado nas clínicas, é preciso que o preço máximo seja definido – uma tarefa que será executada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos em prazo estimado de três meses.
A decisão sobre a adoção da vacina na rede pública está sob a responsabilidade da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no Sistema Único de Saúde(SUS). A análise será feita de forma prioritária.
Mas o ministro da Saúde, Marcelo Castro, já deu mostras de que as negociações não serão fáceis.
O produto é considerado caro – 20 euros (R$ 84 por dose) – algo que, avalia, torna impensável a oferta para toda a população.
Uma alternativa sugerida pela própria fabricante seria a indicação do produto apenas para faixa etária mais jovem, de 10 a 14 anos, por exemplo. A tese é de que essa população transita muito, o que favoreceria a propagação mais rápida do vírus.
Além do preço alto, a eficácia média da vacina é considerada baixa. Outra desvantagem citada é o fato de ela ser aplicada em três doses, algo que limitaria sua ação de contenção de um surto. Para completar, quanto mais doses forem necessárias, avaliam autoridades sanitárias, maior o risco de a população deixar de se vacinar– algo que compromete o resultado final.
A diretora médica da Sanofi Pasteur reconhece que a ferramenta não seria útil para se reduzir uma epidemia em curso.
“Mas projeções indicam que se vacinar 20% da população acima de 9 anos até 2020, há possibilidade de se reduzir em 25% a carga da doença. São poucas as vacinas que têm indicação de apenas uma dose”, ponderou.
Ela observou, ainda,quena avaliação sobre custo-benefício da adoção do produto na rede pública está a economia com internações.
“Os estudos demonstram haver uma redução de 80% nas internações e de 93% dos casos graves.” O registro aceito pela Anvisa permite que a vacina seja aplicada em uma população com idade entre 9 e 45 anos. “Em faixas etárias mais jovens, estudos demonstraram haver efeitos colaterais. E para populações acima de 45 anos não há resultados até o momento que comprovem as vantagens do uso do imunizante”, disse o diretor presidente adjunto da Anvisa, Ivo Bukaresky.
Zika. Ele ressaltou que a vacina não protege contra o zika ou chikungunya, outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
“Hoje, a medida mais importante que dispomos para a prevenção dessas doenças é o combate ao mosquito”, disse o diretor.
Bukaresky estima que seriam necessários pelo menos dois anos para avaliar o real impacto.
“Seria o tempo para se ter o esquema vacinal concluído.”

_x000D_

?

_x000D_

 

Fonte: O Estado de S.Paulo

Mais notícias e eventos