Apple e Anvisa discutem ativação de eletrocardiograma no Apple Watch
Publicado em 02/01/2019 • Notícias • Português
Tanto o Apple Watch Series 4, quanto o Series 5, possuem um recurso de eletrocardiograma: eles podem analisar o ritmo dos batimentos cardíacos do usuário e identificar fibrilação atrial, uma espécie de arritmia. Mas não no Brasil. Isso porque, para habilitar a funcionalidade nos aparelhos vendidos no país, é necessária a autorização de órgãos locais – e isso pode estar prestes a acontecer.
Segundo o MacMagazine, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou que foi realizado um encontro entre o presidente do órgão, William Dib, e representantes da Apple, no dia 6 de novembro. “Neste encontro, a companhia foi informada sobre os requisitos necessários para a regularização do ECG no país – há uma série de autorizações estaduais e/ou municipais necessárias antes da regularização nacional”, afirmou o site.
O encontro não garante que a Apple habilitará o recurso de eletrocardiograma do Apple Watch, mas é um começo para que a funcionalidade seja ativada nos dispositivos vendidos no Brasil. Atualmente, o ECG funciona apenas em alguns países da União Europeia, Estados Unidos, Hong Kong, Canadá e Singapura. No entanto, o bloqueio é pelo país de compra. Ou seja, se o aparelho adquirido for um modelo canadense, por exemplo, será possível utilizar o ECG no Brasil.
O ECG registra os impulsos elétricos gerados pelos batimentos do coração. O ideal é que o resultado da leitura do Apple Watch seja de ritmo sinusal, ou seja, que o coração bata em ritmo uniforme. Já uma fibrilação atrial “significa que o coração está batendo com um ritmo irregular entre 50 e 120 bpm”, sendo essa a forma comum de arritmia cardíaca, como explica a Apple.
É importante salientar que, uma vez protocolado o pedido de regularização do eletrocardiograma, a análise leva em média 60 dias, caso todos os requisitos de eficácia e de segurança tenham sido atendidos pela empresa. Dessa forma, é provável que o ECG do Apple Watch chegue ao Brasil no primeiro semestre de 2020. A Apple não quis se pronunciar sobre o assunto.
Fonte: Tribuna de Ribeirão
Fonte: Panorama Farmacêutico