Associações criticam mudanças no Mais Médicos
Publicado em 02/05/2016 • Notícias • Português
Associações médicas fizeram críticas nesta sexta (29) às mudanças anunciadas pela presidente Dilma Rousseff nas regras do programa Mais Médicos, que passa a permitir a prorrogação do contrato com médicos formados no exterior por mais três anos além do prazo previsto.
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Até então,a lei do Mais Médicos previa que a renovação só poderia ocorrer após a revalidação do diploma, por meio de exame aplicado em universidades públicas.
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Agora, o governo editou uma medida provisória para que os profissionais possam permanecer mesmo sem ter o diploma revalidado.
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A Associação Médica Brasileira informou que estuda recorrer à Justiça contra a suspensão da exigência de revalidação de diploma.
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Já o Conselho Federal de Medicina classificou, em nota, as mudanças no programa como uma ação“populista” e com “evidente interferência de compromissos partidários e ideológicos”.
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Para o conselho, a medida “privilegia” os estrangeiros e ignora o aumento do interesse de médicos brasileiros em participar do programa. Editais recentes apresentaram recorde de brasileiros inscritos.
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“Desde 2015, as vagas oferecidas têm sido preenchidas, em sua quase totalidade, por jovens brasileiros (…) independentemente da precariedade do vínculo e das más condições oferecidas”,afirma.
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Já para o Ministério da Saúde, apesar dos editais recentes terem tido recorde de brasileiros,é alto o índice de desistência entre eles—daí a necessidade de prorrogar os contratos com estrangeiros.
Fonte: Folha de S.Paulo