Brasil pode aumentar exportação de dispositivos médicos com incentivo governamental
Publicado em 18/09/2023 • Notícias • Português
A exportação de dispositivos médicos rendeu ao Brasil US$ 909 milhões em 2022, o que representou um aumento de 14,13% das vendas internacionais em relação a 2021. Mas o potencial das empresas é muito maior e especialistas acreditam que o país pode se tornar um grande player mundial, com o apoio governamental.
A Reforma Tributária é essencial pois hoje fabricantes de dispositivos médicos pagam altas taxas e impostos, o que torna seus produtos mais caros, enquanto mercadorias importadas têm isenção quando adquiridas por hospitais públicos, universitários e filantrópicos.
Uma política governamental que estimule o setor pode ser um divisor de águas, assim como foi para os medicamentos genéricos, há 20 anos. As empresas farmacêuticas nacionais representavam menos de 12% do mercado, mas o governo criou fontes de financiamento e incentivo, apostou na publicidade, desenhou o programa Farmácias Populares e, atualmente, cinco das oito maiores empresas farmacêuticas no País são nacionais.
Os dispositivos médicos brasileiros chegam a cerca de 120 países e vão desde aparelhos de raio-X, ventiladores mecânicos e gabinetes para dentistas até válvulas e implantes de coração. Contudo, com uma política de incentivos para o setor, mais empresas podem olhar para o exterior e verem nele boa atratividade para os negócios.
O Complexo Econômico-Industrial da Saúde, que norteia as ações do Governo Federal, pode favorecer esse cenário, à medida que avançar e se tornar uma política nacional, atingindo seu objetivo de tornar o país cada vez mais independente em relação a medicamentos e suprimentos.