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Campanha Cores pela Vida: agora é a vez do Dezembro Laranja, que alerta para a prevenção ao câncer de pele

Publicado em 18/12/2024 • Notícias • Português

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que anualmente são registrados aproximadamente 185 mil novos casos de câncer de pele, uma preocupação crescente no Brasil que representa cerca de um terço de todos os casos diagnosticados. Para o triênio de 2023-2025, o Inca estima 8.980 novos casos de melanoma no país, sendo 4.340 em mulheres e 4.463 em homens.

Entre os tipos do tumor, o melanoma se destaca como o mais grave devido à alta possibilidade de metástase. Embora o melanoma represente somente 1% desse número, ele é responsável pela maioria das mortes causadas por esse tipo de câncer no Brasil.

“Existem três principais tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Esse último, embora menos frequente, é o mais agressivo devido à sua alta capacidade de metástase (quando as células cancerígenas se espalham para outras regiões do organismo além do local de origem do tumor) e crescimento rápido”, explica o Waldec Jorge, head do Núcleo de Tumores de Pele e Sarcomas do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Um método simples, denominado ABCDE, pode ajudar o paciente a identificar se uma lesão de pele é suspeita de melanoma: Assimetria: um lado da lesão é diferente do outro;  Borda: bordas irregulares ou borradas;  Cores: presença de mais de um tom.; Diâmetro: lesões com diâmetro superior a 5 milímetros;  Evolução: mudanças na forma, cor ou tamanho da lesão.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), quando descoberto no início, tanto os carcinomas como os melanomas têm mais de 90% de chance de cura. Por isso, o diagnóstico precoce, medidas protetivas e avaliação dermatológica anual são fundamentais para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença. Em 2024, a SBD celebra 11 anos do “Dezembro Laranja”, campanha que teve início em 1999 como uma ação de conscientização sobre os riscos do câncer de pele e a importância da proteção solar. Desde 2014, a iniciativa adotou o formato atual, com o mês dedicado à prevenção, reforçando os cuidados necessários durante o verão. Com o tema “Proteger a pele é proteger a saúde”, a campanha deste ano destaca os riscos do sol mais intenso e das longas exposições típicas da estação.

Com o passar dos anos, o avanço da tecnologia tem desempenhado um papel determinante, tanto na prevenção como no diagnóstico e tratamento do câncer de pele. A começar pelos aplicativos de monitoramento com lembretes para a realização de exames regulares e dicas de hábitos saudáveis, passando por dispositivos de diagnóstico portáteis, como ultrassons e sensores vestíveis. O mesmo acontece com a Inteligência Artificial, que proporciona uma análise mais precisa, tanto do diagnóstico como das condições de tratamento até na simulação de cirurgias.

Quando falamos em aliados no tratamento do câncer de pele, os dispositivos médicos também estão presentes. O Dr. Aldo Toschi, membro titular da SBD e coordenador de dermatologia do IBCC Oncologia, foi um dos pioneiros a utilizar a dermatoscopia digital e a padronizar o exame de mapeamento corporal total, ambas ferramentas essenciais para a detecção precoce do câncer de pele. Além disso, o grupo do IBCC reúne especialistas como dermatologistas, cirurgiões oncologistas, radioterapeutas, geneticistas e oncologistas clínicos, que trabalham em equipe para oferecer diagnóstico preciso e os tratamentos mais modernos para os cânceres da pele utilizando tecnologia e dispositivos modernos.

Já no hospital alemão Oswaldo Cruz, o Waldec Jorge também ressalta o uso de tecnologia de ponta, como o Fotofinder. “Com este equipamento, conseguimos mapear digitalmente toda a pele e realizar dermatoscopia das pintas, um recurso fundamental para pacientes com alto risco de melanoma”.

Ou seja, os equipamentos oferecem imagens de alta definição que permitem a visualização detalhada de lesões em estágios iniciais, que somados à integração de inteligência, destacam padrões que podem passar despercebidos, aumentando significativamente a possibilidade de diagnóstico precoce. Combinados, esses elementos contribuem para elevar a chance de cura para mais de 90% no estágio inicial, o que resulta em maior praticidade, rapidez no diagnóstico e conforto para a paciente, garantindo que as equipes médicas tenham as ferramentas necessárias para oferecer um cuidado mais completo e assertivo.

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