Casa Branca pede US$ 1,8 bilhão ao Congresso contra vírus zika
Publicado em 10/02/2016 • Notícias • Português
O presidente americano, Barack Obama, pediu ao Congresso do país mais US$ 1,8 bilhão em fundos de emergência para ajudar a combater o vírus zika. Em anúncio feito nesta segunda-feira, a Casa Branca disse que os recursos serão usados para expandir os programas de controle do mosquito que transmite o vírus, acelerar o desenvolvimento de uma vacina e desenvolver exames de diagnóstico e melhorar o apoio a grávidas de baixa renda.
O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, comum na Flórida, assim como em Estados da costa do Golfo do México e aqueles fronteiriços com o México. A maioria das pessoas que contraem zika tem poucos ou nenhum sintoma, mas, no caso das grávidas, há a suspeita de que os fetos corram o risco de desenvolver microcefalia, um raro defeito congênito que causa dano cerebral e uma cabeça pequena.
“O que sabemos é que parece haver um risco importante para as grávidas e para aquelas que estão pensando em ter um bebê”, afirmou Obama em entrevista transmitida nesta segunda-feira pela rede CBS.
A Casa Branca disse que, à medida que se aproxima a primavera e o verão no hemisfério norte, os Estados Unidos devem se preparar para abordar rapidamente os contágios locais. Obama acrescentou, no entanto, que “não deve haver pânico”.
A Organização Panamericana de Saúde reporta que, em 26 países e territórios no continente, há casos de zika, apontou a Casa Branca. Por ora, não há transmissão do vírus dentro dos EUA, mas foram registrados alguns americanos infectados depois que retornaram de países com casos relatados, como América Central e do Sul, Caribe e ilhas do Pacífico.
Os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças nos EUA, ou CDC, na sigla em inglês, reportaram 50 casos confirmados em laboratório em viajantes americanos de dezembro de 2015 até 5 de fevereiro deste ano, informou a presidência dos EUA. Até o momento, o único caso recente que se transmitiu dentro dos EUA aparentemente acontece no Texas, por contato sexual.
Fonte: Valor Econômico