Crise diminui beneficiários e jovens nos planos
Publicado em 25/05/2016 • Notícias • Português
A crise econômica, que atingiu as operadoras de saúde, somou ainda mais um desafio para os planos: a alta da sinistralidade nas operações por conta da saída de muitos jovens do mercado de trabalho e, consequentemente, da carteira de beneficiários.
A taxa de crescimento médio anual do número de beneficiários de planos médico-hospitalares foi de 3,4%, nos últimos dez anos, enquanto, nos planos exclusivamente odontológicos, a alta foi mais expressiva, de 13,5%. Contudo, com o agravamento da crise econômica, o desempenho do setor ficou comprometido.
Segundo Boletim da Saúde Suplementar da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), em 2015, o setor perdeu 766 mil beneficiários – cerca de 400 mil relacionados diretamente ao fechamento de vagas formais de empregos.
Para a entidade, a retração do mercado formal de trabalho se mostra mais acentuada na população mais jovem, o que tem impactado o perfil das carteiras. Mostra disso, é a participação de beneficiários com 60 anos ou mais idade que passou de 11,1%, em dezembro de 2005, para 12,3%, no mesmo mês de 2016. Por outro lado, a fatia de clientes com idades entre zero e 19 anos passou de 28,3% para 25,4%. Se em dezembro de 2000, a cada beneficiário com 60 anos ou mais de idade, havia 3 com idades entre 0 e 19 anos. Hoje a proporção é 2 para 1.
Fonte: DCI – Diário do Comércio e da Indústria