Dilma diz estar “bastante” satisfeita com ministro da saúde
Publicado em 28/01/2016 • Notícias • Português
A presidente Dilma Rousseff saiu em defesa do ministro da Saúde, Marcelo Castro, e se disse ontem “bastante” satisfeita com gestão à frente da pasta com o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios, apesar de discordar de Castro, que afirmou que o Brasil está perdendo a batalha contra o mosquito Aedes aegypti.
A presidente procurou elogiar o auxiliar, dizendo que o ministro, que assumiu o cargo dentro da cota negociada com o PMDB na Câmara dos Deputados, “domina o assunto” e tem feito “todos os contatos” com o objetivo de conseguir cooperação com laboratórios no exterior para a produção de vacina contra o vírus da zika.
Dilma afirmou ainda que o ministro terá “um papel importante” na reunião ministerial no âmbito do Mercosul prevista para ocorrer na próxima semana no Uruguai para tratar do enfrentamento ao mosquito. “Se ele [Marcelo Castro] fizer uma exposição para vocês, ele domina bastante bem o assunto”, disse a presidente ao antecipar ontem o retorno ao Brasil, antes mesmo do debate geral de chefes de Estado e de governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), previsto ontem à tarde.
A justificativa dada pela presidente para a volta apressada foi a reunião do chamado “Conselhão”, hoje no Palácio do Planalto. Dilma evitou, entretanto, comentar a expectativa e os anúncios previstos para o encontro, que reúne representantes do governo, do setor privado e da sociedade civil. Dilma esteve em Quito entre para participar da Celac e se reunir com o presidente equatoriano Rafael Correa.
A presidente relatou ter proposto durante o encontro reservado da Celac um processo de cooperação conjunta entre os países da região para o combate ao mosquito Aedes aegypti.
“Propus que nos uníssemos em torno desse combate”, afirmou a presidente, destacando a necessidade de cooperação em pesquisa e desenvolvimento e difusão de melhores práticas e tecnologias para um combate sobretudo ao zika vírus.
Segundo a presidente brasileira, todos os países da região deverão participar das tratativas para esse combate. “Se todos nós não nos unirmos, perdemos essa guerra”, disse a presidente. Dilma disse ainda que o Brasil tem muito a compartilhar com os países que integram a Celac, principalmente a experiência de inclusão social, que, segundo destacou a presidente, tirou milhões de brasileiros da pobreza.
“A Celac deve ajudar a levar nossa integração regional além de desgravação tarifária e incluir, por exemplo, serviços e investimentos”, disse ainda a presidente. “Queremos aprender com práticas exitosas dos países da região. A Celac é o fórum para avançar esse diálogo.” O encontro de cúpula encerrou ontem a quarta edição da Celac, iniciada no domingo e que contou ontem com a presença de 14 chefes de Estado e de governo, de um total de 33 países da região que integram o grupo.
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Fonte: Valor Econômico